terça-feira, 8 de dezembro de 2009

BOLA GENÉRICA

Mais espaço para o Esporte.
Moisés Pereira
Porto Alegre

Grata surpresa após uma viagem rápida e algumas horas longe da web. Eis que o incansável editor do Sanatório da Notícia, Sergio Siqueira cria mais um espaço livre, agora para discutir, divulgar e prestigiar o esporte em geral.

Admiro o fôlego e a produção literária do Sérgio que na velha Remington da redação da Rádio Cultura dePelotas em 1964, já era "exímio datílógrafo" (alguém sabe o que é isso?) e tentava igualar-me no domínio das teclas ruidosas contra o rolo com raiva e determinação.

Agora o Sérgio continua dominando o teclado e exercitando seu talento com produção de textos de qualidade também na seara política, com críticas contundentes e opiniões polêmicas, porque no esporte desde sempre dominou como poucos e sua abordagem é brilhante.

Congratulo-me com o "novo rebento" ESPORTE POR ESPORTE e tenho certeza de que muita coisa boa vem por aí. Sei o quanto esse jornalismo sem patrão, anárquico e livre pode acrescentar à opiniãopública .

Ainda repercute no sul a jornada de domingo quando encerrou ocampeonato brasileiro. O surrealismo da torcida do Inter torcendo parao Grêmio e comemorando por 70 minutos um título que não veio é algo que nunca acontecera e possivelmente tenhamos que esperar mais umséculo para que se repita.

Com isso o Inter comemorou o penta-vice e 30 anos sem vencer o Campeonato Brasileiro. Convenhamos não é pouca coisa.

Cheguei hoje da praia e me surpreendi com o número de funerárias na orla. Possívelmente para esperar o Colorado gaúcho viciado em morrer na praia.

Flauta à parte está o Inter procurando treinador. O sonhode ter Vanderlei Luxemburgo não colou. Será isso bom ou ruim? A bola da vez é Murici, outro derrotado de 2009 e que já esteve no Beira Rio onde dizia que era mal-humorado por estar distante da família.

O problema é que continuou ranzinza em São Paulo, e somente agora depoisde algumas derrotas está mais humilde. Nessa busca por treinadores que sucumbiram em 2009, até Nei Franco o mineiro que enterrou o Coritiba poderá ser cogitado.

E o Grêmio após namorar Adilson e Dorival Junior assustou-se com o "dote" exigido e terminou ficando com o emergente Silas, festejado no Avaí em Santa Catarina. Além de custo bem menor terá a companhia de Paulo Paixão consagrado preparador físico.

As restrições que se faz a Silas são quanto a sua religiosidade às vezes interferindo no vestiário. Aliás a esperiência com atletas de Cristo já foi vivida negativamente pelo Grêmio quando o centro- avante Macedo jejuou três dias antes de um clássico e confirmou isso durante a preleção para"incentivar" os seus companheiros.

A época é propícia para a dança dos técnicos e a minha dúvida é saber como o mercado tratará os questionáveis Celso Roth, Leão, Geninho e Nei Franco.

Quem terminou o ano flanando em águas tranquilas é Cuca de façanha incrível que derrubou os matemáticos e sem dúvida, também o Andrade que de interino do Flamengo chegou à maior consagação.

GOTAS E COMPRIMIDOS
Moisés Pereira

O que se diz em Porto Alegre
é que Vanderlei Luxemburgo propôs ao Inter um contrato de três anos com 1 milhão de luvas anuais, 500 mil por mes e participação na venda de jogadores promovidos por ele. E lembrar que há pouco tempo Vanderlei falava em abandonar o futebol para tentar uma vaga no Senado da República pelo estado de Tocantins. Convenhamos, vá ser idealista assim na Casa do Jader"BARDALHO"

E o Inter continua procurando treinador. Não aceitou a proposta indecente de Luxemburgo, perdeu Dorival Junior que é opção do Santos ou Palmeiras, namora Muricy que não rompe contrato com o Palmeiras e depende de ser mandado embora. (Apesar, do humor Muricy não rasga dinheiro).

A bola da vez parece ser Jorge Fossati, técnico uruguaioque acaba de deixar o time equatoriano da LDU depois de ser desclassificado pelo Emelec na fase de acesso à Libertadores. Fossati foi goleiro do Avaí e do Coritiba; como técnico tem um currículo médio, tem fama de ser bom de mata-mata onde ganhou a Recopa e Sul-Americana este ano. Treinou a Seleção Uruguaia em 2004 e 2006 e não foi a Alemanha. A vantagem é que custa bem menos que Muricy e Wanderley; a desvantagem é que treinadores uruguaios não têm tradição de bons trabalhos no Brasil.

E a violência, também no futebol, continua em pauta. Ascenas no final do jogo em Curitiba repercutem no mundo inteiro. Os jogadores do Grêmio ao retornarem do Rio de Janeiro foram agredidos no Aeroporto Salgado Filhos pelos ditos "torcedores " gremistas. Foi por isso que afirmei que era proibido ao Grêmio ganhar no Maracanã. Ontem um programa de rádio em Porto Alegre debateu o assunto violência. Os ouvintes interagiram e concluiram com percentual de 80 por cento que o futebol é apenas um instrumento para que a violência aflore de setores localizados da sociedade. O tema é discutível, não são os pobres os violentos no esporte. A impunidade estimula e episódios lamentáveis se repetem sem providências didáticas ou mesmo repressoras. A educação , segundo os grandes mestres, seria o caminho para a recuperação da sociedade. A inclusão pelo Esporte é um dos objetivos do Blog www.esportepeloesporte.blogspot.com. - Ala Esportiva do Sanatório da Notícia.

Depois de surpreender o Brasil com o título de campeão nacional o Flamengo ainda de ressaca das comemorações volta às manchetes com a eleição da presidente Patrícia Amorim em eleição de pouca participação dos associados. Surpreende que o clube historicamente dirigido por "vacas sagradas" da elite carioca perca a eleição com um candidato apoiado por Márcio Braga . Preconceitos à parte, Patrícia é vereadora de dois mandatos, empresária, ex-nadadora laureada do Flamengo e assume com o compromisso de implantar uma gestão profissional no rubro-negro. A responsabilidade é grande num ano em que o Mengo vai disputar a Libertadores e, é sabido, sua dívida é milionária.