segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CURSO DE APRENDIZAGEM TÉCNICA

Seleção de Mano 1x0 Gana
Vitória do árbitro que, no 1° tempo, chutou o atacante ganês para fora de campo.

01. A primeira coisa que Mano Menezes aprendeu é que a maioria dos atletas brasileiros não sabe o Hino Nacional. Como ele também não sabe, a CBF vai contratar, sem licitação, um curso intensivo de aprendizado geral. A idéia é fazer que até a Copa de 2014 esse time esteja jogando por música;

02. A volta de Ronaldinho Gaúcho não foi lá um retorno retumbante; no máximo foi um regresso;

03. Mano logo percebeu que os dois times começam com 11 jogadores de cada lado;

04. O treinador prestigiado por Ricardo Teixeira captou, já nos primeiros minutos de aula, que o time deles não se chama Garra; é Gana;

05. Mano Menezes não conseguiu aprender, nem decorando, que o Lucas titular não pode ser aquele, é o outro;

06. Aos 10 minutos Mano se deu conta de que o jogo havia começado: teve que trocar Ganso lesionado, por um perna de pau;

07. Ninguém conseguiu enfiar na cabeça de Mano que ligação direta é recurso para assaltante de automóvel; não para ladrão de bola;

08. Como bom aluno, o treinador brasileiros ouviu dizer que Gana nunca foi pentacampeã mundial; quem já botou a mão na taça foi o Brasil. Isso, lá por 1958, mais ou menos;

09. Elias não joga menos do que Ganso, é muito pior do que Ramires. Elias não passa de uma profecia do Messias Mano

10. Aos 33 minutos do primeira tempo, o árbitro acertou taticamente o esquema de jogo do Brasil: expulsou de graça o atacante de Gana. Mano Menezes ficou possesso. A vantagem numérica só serviu para mostrar que ele, tanto quanto Luxemburgo, não sabe o que fazer com 11 jogadores contra dez. Isso é perseguição;

11. Para azar do Brasil, Leandro Damião fez 1 x 0 no finalzinho da primeira etapa. Mano Menezes foi para o vestiário com ares do grande estrategista de sempre. Sempre estrategista, não; sempre os mesmos ares;

12. O segundo tempo veio para confirmar que o vestiário não é praia de Mano. Ratificou também que os amistosos só prestam como curso prático para a carreira do neófito treinador que não tem nada para ensinar aos craques brasileiros;

13. O árbitro merece o repúdio da torcida brasileira. Ao expulsar mal o atacante ganês ele não só estragou o jogo, como salvou o emprego de Manoe Menezes;

14. Aos 84 minutos do segundo tempo, acontece o melhor lance dessa tarde de segunda-feira: no SporTV2 Dijokovic vence por 16/14 o tiebreak do primeiro set contra Dolgopolov pelo US Open de tênis.

15. Termina mais uma curso de aprendizado com a marca do marasmo da Seleção de Mano que, uma vez mais, não aprendeu bulhufas. Venceu, não convenceu: 1 x 0 sobre a patética e ingênua Seleção de Gana. Mas até a Copa de 2014, ninguém mais vai se lembrar disso. Melhor, quarta-feira tem Brasileirão de novo e a memória do torcedor não vai tão longe assim.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

DAVI LUCCA, O PRECOCE

Nasceu Davi Lucca, o filho de Neymar. Barcelona e Real Madri já estão brigando pelo passe do garoto. O presidente do Santos garante que o menino só sai do Brasil depois que o Santos for hexa campeão da Libertadores da América. Mano Menezes já avisou que, quando ele tiver 15 anos, a seleção brasileira vai ser Davi Lucca e mais 10.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

BRASIL 4 X 2 EQUADOR

Então, casa cheia, na hora aprazada entra Mano Menezes de terno e gravata, vestido para um baile no Equador... Era Córdoba, na Argentina e a festa era de futebol. Talvez Mano não soubesse.

Os hinos nacionais com aquela falta de ritmo de sempre serviram de alerta para o treinador brasileiro que só então se deu conta de que o traje que usava era uma espécie de ultraje a rigor. Em todo caso, bola pra frente que aí vem gente!

Pela primeira vez nessa Copa América, Mano quase acertou a escalação inicial. Maicon no lugar do loiro Daniel Alves dava mais inteligência à lateral. Em compensação, Lucas Leivas e Ramires lá estavam para atrapalhar Paulo Henrique Ganso no meio-de-campo. Sorte que o time deles era todo equatoriano.

Achando que era pouco aquele brado retumbante que deu durante uma coletiva na véspera, Lúcio - o vetusto zagueiro brasiliense ainda resolveu bancar o xerife bafejando no cangote de Ganso segundos antes do início do jogo. Ganso bateu asas e voou deixando o capitão à deriva. Grosso, como é desde os tempos de Dunga, Lúcio certamente gostaria de ter Julio Batista no lugar de Ganso.

Um bom prenúncio: o Equador tinha um jogador chamado Caicedo que atua no Levante, time da Espanha. Caicedo corria um sério risco em Cordoba: joga ao lado do Arroyo.

Aos oito minutos, Maicon fez afinal a primeira jogada de linha de fundo pós-180 minutos de Daniel Alves na lateral da Seleção. Cá pra nós, sem preconceito, Daniel Alves depois que ficou loiro desoxigenou o cérebro e desaprendeu o que sabia naquela posição.

Aos 13 minutos, Ramires tocou pela primeira vez na bola. Fez tudo o que dele se esperava: estragou o ataque do Brasil. Enquanto isso, no Equador só o cabelo de Caicedo fazia frente ao penteado de Neymar.

Aos 22 minutos, mão de Lúcio, o xerife da melhoridade... na beira da área, de frente pro crime. Primeira ameaça equatoriana. Mas, para o bem de todos e felicidade geral da nação de Ricardo Teixeira, o futebol do Ecuador tem no próprio nome tudo o que ele joga.

Aos 28 minutos, alegria, alegria! Ainda desperta, a filha do Berlusconi não cabia em si de tanta brasilidade: gol de Pato! Dessa vez, para espanto geral, Ganso não participou do lance.

Pensando bem, para um time que tem Pato e Ganso, só falta um Richarlyson para ser um zoológico.

Aos 36 minutos, Robinho chuta na trave. Para Lúcio, ele chutou irresponsavelmente. Deveria ter batido com mais seriedade. Meio minuto depois, o xerife que só sabe jogar sério provocou frouxos de riso na platéia.

Foi assim, o idoso Lúcio caiu sentado e, desse jeito mal-acomodado nos altos e baixos de sua velhice, viu Caicedo chutar mal para o gol e Júlio Cesar sair-se pior.

Assim é que os dois - Lúcio e Júlio Cesar - continuaram tão "afinados" em campo quanto nas entrevistas em que entregaram os companheiros. Dessa vez, os dois veteranos não reclamaram dos mais jovens. Os jovens, sorrisos contidos, não deram bola pra eles. Foi bem como dizia o mestre Didi, bicampeão do mundo: - Deus não joga, mas fiscaliza.

Nem o time todo do Peru - que joga na outra chave - tinha visto um galináceo tão grande como aquele do Júlio Cesar. Caicedo atirou e Júlio Cesar caiu tarde. E quanto ao xerifão, ficou evidente que o esquema de Mano começa falhando com Mano e fica pior ainda quando Lúcio fica mano a mano com qualquer atacantezinho adversário.

Pronto, acabou a primeira etapa. Um honroso 1 x 1 contra o Equador.

Eis que volta o Brasil para o segundo tempo com a mesma formação. Tudo igualzinho, nem sequer Mano Menezes foi substituído. O pior de tudo é que Lúcio continuou jogando sério. E com a solidariedade de Júlio Cesar. Coisas da terceira idade.

Aos quatro minutos Neymar recebe um merengue de Ganso e mete uma bucha no ângulo esquerdo. Para azar do torcedor brasileiro: 2 x 1 para o Brasil. Mano Menezes vai continuar no emprego.

Jogo que segue. E pelo andar da carruagem, quando Lúcio parar de jogar vai abrir uma rede de casas de bingo. Ele ficou "rifando" bolas o tempo todo.

Aos 13 minutos Ramires conseguiu desarmar Neymar e estragar mais um ataque do Brasil. Tinha acertado até então 15 passes errados para trás e não errara nenhuma passe à frente, já que nem sequer pensara em enfiar uma bola para alguém lá no ataque - aquela linha distante, pertinho do horizonte.

Um segundinho depois, Ramires conseguiu desarmar Neymar e frustrar o avanço do garoto bom de bola. Em seguidinha, Caicedo descobriu o mapa da mina, entrou pelo miolo da zaga, bateu forte e a bola passou lépida e faceira por baixo do corpo de Júlio Cesar que se refestelava num noite de grande inspiração.

Nuncanahistoriadessepaís um goleiro tinha atuado de maneira tão convincente e tão favorável à Seleção. Agora, todo mundo sabe que qualquer um pode ser goleiro titular do Brasil. Menos ele.

Aos 15 minutinhos, Neymar bochou de fora da área, o goleiro do Equador bancou Júlio César e bateu roupa. Pato chegou junto e foi às redes. Brasil 3 x 2. A filha de Berlusconi, já dormia a sono solto.

Aí, o jogo ficou sério. Todo time do Brasil resolveu brincar. E nesse renha-renha quer saber de uma coisa? Não se metam a trocar um Arouca sozinho por Ramires e Lucas Leivas juntos.

Aos 26 minutos e meio, Maicon ensinou a Daniel Alves como é que se faz e cruzou da linha de fundo... Neymar só não entrou com bola e tudo porque teve humildade: goooool

Aos 31, Mano Menezes começa a se consagrar: deixa Ramires e tira Paulo Henrique Ganso. Para completar, escalou um ex-corintiano. Isso também não é pouco.

Aos 34 minutos, Mano não gostou que Neymar estava aparecendo mais que o Messi no último jogo da Argentina e o substitutiu. Lucas, menino são-paulino, não teve culpa nenhuma.

Aos 39 e um pouquinho, Mano mais uma vez demonstra toda a sua loirice. Tira Pato e bota Fred. Mano Menezes mostra claramente que precisa urgente de uma peruca loira como aquela do Daniel Alves. Depois dessa, a minha TV perdeu a cor.

Ah sim, o placar foi Brasil 4 x 2 Equador. Os jovens irreverentes, irrequietos, irresponsáveis tiveram que fazer quatro gols lá na frente, porque logo ali atrás os idosos Lúcio e Julio Cesar tomaram dois - sabe de quem?!? - dos equatorianos!

Fim de festa. Acabou o baile no Equador. Mano Menezes, enfim, pôde tirar o terno e a gravata, vestir bermuda e chinelo de dedo para ir ao restaurante. Futebol dá uma fome...

Dá mesmo, tanto é que acabou o estoque de pipoca e guaraná do Amazonas de Muricy, Luxemburgo e Felipão. Mas, suas assessorias já mandaram avisar que na tarde de domingo tem mais, no mata-mata com o Paraguai.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

DEIXA ESTAR
A verdade é que, em plena dança das cadeiras de técnicos, todo mundo torce para que o Vanderlei Luxemburgo continue se dando bem no Flamengo. Só assim ele não vai sair nunca de lá.

domingo, 15 de maio de 2011

Cotas na seleção
* Jandir Barreto, jornalista/professor


Se agora é obrigatório reservar cotas para negros em concurso público, vestibular, desfile de moda e até em elenco de novela, por que não garantir cotas também para jogadores brancos na seleção brasileira?


A foto da seleção campeã do mundo em 1958 mostra que eram 7 jogadores brancos e 4 brancos. A atual conta com 9 negros e apenas dois brancos, Lúcio e Kaká. Se eles forem substituídos por Juan e Alex vai parecer que em campo joga uma seleção africana.


Brincadeiras a parte, mas com o intuito de provocar uma gostosa polêmica futebolística entre aqueles que levam muito a sério a questão do racismo, que tal fazer uma defesa só de brancos e uma ataque e meio-campo só de negros?


DEFESA DE BRANCOS,
ATAQUE DE NEGROS


A escalação desta forma seguiria os conceitos do futebol, não comprovados, de que os melhores defensores são brancos e os mais habilidosos e velozes, os negros, jogam no meio-campo e ataque.


Escale a sua seleção brasileira, dentro deste critério. A minha teria Rogério Ceni, Ciçinho, Lúcio, Edmilson e Gustavo Nery: Emerson, Zé Roberto, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano. A inversão, negros na defesa, iria revelar queda na qualidade, especialmente no ataque. Veja o exemplo: Dida, Cafu, Roque Júnior, Juan e Roberto Carlos; Edmilson, Ricardinho, Juninho, Kaká, Nilmar e Rafael Sobis.


Alguém lembra, rapidinho, de dois atacantes brancos comparáveis às qualidades técnicas de Ronaldo, Adriano e Robinho? Depois de constatar tais dificuldades, não deveríamos nem brincar com a questão cotas para a seleção. Afinal, futebol é coisa séria e a seleção brasileira é a única instituição que funciona de forma exemplar neste país. Futebol não combina com demagogia política e em time que está ganhando não se mexe.

sábado, 14 de maio de 2011

LEVE NA ESPORTIVA: O MEC ENSINA ERRADO

Você tem que ter medo é do que o governo pode fazer com qualquer um. Esse alerta está no cabeçalho do Sanatório da Notícia e quer dizer exatamente isso mesmo. Veja, por exemplo, o que o MEC está fazendo com os brasileiros: adotou uma estupidez que atende pelo apelido de livro didático que ensina a falar errado.

A inovação que tem as bençãos do Ministério da Educação, conduzido por uma toupeira chamada Hadad, é defendida pelas antas que a escreveram. Dizem que é para defender o "uso da linguagem popular, usada no contexto familiar".

Em nome disso cometem a ousadia criminosa de defender o ensinamento de coisas como "nós pega peixe", "a gente estamos felizes", "o pessoal estamos com sede"...

Reprodução
Quem aprende - ou ensina - errado pode muito bem viver assim.

Se é para aprender assim, os professores devem rasgar seus títulos, suas licenciaturas e voltar para o primeiro ano do ensino fundamental. E podem fechar as portas dos colégios. Ninguém vai para uma escola aprender o que já sabe. E muito menos para aprender a falar errado.

A gente vamos para a escola para ascender a uma posição melhor e não para "subir pra cima"; jamais "descer pra baixo". Educar quer dizer conduzir. O papel da educação é tirar a pessoa do ambiente estreito em que vive para alcançar uma situação melhor na sociedade.

Essa ameaça educacional é tipicamente o efeito "primeiro-operário presidente". Mas nem o metalúrgico de ontem usa nas suas palestras burguesas de hoje, a língua que usava na porta das fábricas, longe de bancos escolares. Talvez seja esse o melhor argumento dos autores dessa cartilha às avessas: "para falar certo o pessoal não precisamos de irem à aula aprendermos errado". E quem sabe até "nós é presidente, um dia".

Era só o que faltava no Brasil que esses mestres com cultura de almanaque estão redescobrindo: as pessoas irem para a escola aprender o que já sabem. Pura perda de tempo.

Na verdade, perder tempo é o que esses doutos de ocasião mais sabem fazer na vida. Tarefa só admissível com o perfil do Ministério de Educação que a gente temos hoje.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

PAPO DA BOLA

01.
É como diz aquele fanático torcedor carioca: - Não há nada como ver o Vasco jogar. Nada me dá mais prazer que o Vasco. - Você é vascaíno há quantos anos? - Eu sou Flamengo.

02.
- Paulo Bayer pra mim é como o vinho.
- Quanto mais velho, melhor...
- Não, me dá azia.

03.
- Diego Souza está voltando a ser no Vasco, o que era no Palmeiras.
- Um craque?
- Um problema.

04.
O Vasco tem uma coisa que não o deixa jogar bem: não tem um jogador que use cabelo de moicano, como o Neymar.

05.
Ricardo Gomes conseguiu dar um padrão para o Vasco. Os adversários agradecem.

06.
O futebol está tão mercantilizado que basta otreinador dizer no vestiário que vai armar uma tabela, que os jogadores pensam logo em tabela de bicho por vitória.

07.
Enfim, o empate com o Atlético do Paraná foi uma grande vitória do Vasco. E ninguém esperava nem espera mais que isso. O Vasco não merecia perder; o time do Paraná não merecia ganhar. O empate foi uma derrota mais que merecida para quem não consegue eliminar nem mesmo o Vasco.

SÃO PAULO DEMITE CARPEGIANI

Assim como não classificou o São Paulo na Copa do Brasil, Paulo Cesar Carpegiani foi desclassificado pelo São Paulo. Do Avaí foi direto para Porto Alegre. Ficou sabendo mesmo de sua demissão logo depois do jogo, pelas declarações de Rivaldo - O Matusalém Descontente que não sabe envelhecer. Os dirigentes tricolores correm atrás de meio mundo: Cuca, Dorival Júnior, Ney Franco e até Paulo Autuori - imagine! Mas, ninguém fala nada sobre Vanderlei Luxemburgo. Isso já é perseguição.

domingo, 8 de maio de 2011

BOLA LÁ E CÁ

MURICY, O VENCEDOR DO EMPATE
O empate sem abertura de placar do primeiro dos dois jogos entre Corinthians e Santos, teve um grande vencedor: Muricy Ramalho. Ele distribuiu no vestiário um tampão de ouvido para cada jogador santista. Deixou livre apenas a orelha dos aplausos. As vaias da torcida corintiana que ocupou 98% do Pacaembu não surtiu o menor efeito na molecada.

TROCANDO AS BOLAS
Essa coisa de torcida única para os grandes clássicos do futebol brasileiro é a mais clara e lamentável confissão de incompetência do sistema de segurança pública que o Brasil atravessa. Uma covarde eestúpida troca de bolas. Ao invés de coibir a violência e reprimir os canalhas, proibe o torcedor de boa paz de ir a campo, justamente nos melhores e mais eletrizantes momentos de uma competição. O corno soluciona a chifrada tirando o sofá da sala.

JOGO DURO E LEAL
Foi bom de ver Corinthians 0 a 0 Santos. Um 3 a 3 faria mais justiça aos dois times. Os jogadores se respeitaram o tempo todo. Foram duros, sem perder a ternura. Resultado: Neymar, depois de muitas e muitas partidas, jogou em pé. Foi bom para os olhos, como de costume.

FALCÃO, O BREVE
O GreNal foi ótimo. Um clássico de cinco gols; 3 a 2 para o Grêmio. Não podia ser melhor. Para o Renato Gaúcho. Do lado do Inter foi ótimo também. Para a carreira de Paulo Roberto Falcão - O Breve. Foi a segunda traulitada dentro de casa. Falcão, o que tem voo de galinha, já está batendo asas para o retorno à vida boa e tranquila de comentarista esportivo. Ali, quando erra, pelo menos não toma gol.

O LENHADOR
Essa história de Paulo Roberto Falcão, um craque soberbo, insistir na carreira de treinador só é viável em razão da exposição pública que sua vida de comentarista de rádio TV e jornal lhe proporciona. É um formador de opinião. Mas, como dizia o lenhador americano Abraham Lincoln: "É possível enganar alguns por algum tempo; a muitos por muito tempo; mas impossível enganar a todos o tempo todo".

PARECENÇAS
No Cruzeiro, Cuca parece Falcão. Perde na Libertadores e dança no estadual. Tomou 2 a 1 do Galo, jogando em casa. Dorival Júnior, já se parece mais com Muricy: usou a tática do tampão de orelha dos apupos. A trocida cruzeirista gritou sozinha e ninguém escutou nada.
Blog do Planalto, neste domingo, 8 de maio:

Governo inaugura Vila Olímpica Indígena em Dourados (MS)


Vila Olímpica Indígena de Dourados (MS). Foto: Kauhê Prieto


O ministro do Esporte, Orlando Silva, inaugura nesta segunda-feira (8/5), às 11h30 – horário local – desta segunda-feira (9/5), a primeira Vila Olímpica Indígena do Brasil. O complexo foi construído na área da reserva indígena de Dourados, no Mato Grosso do Sul, com 29 mil metros quadrados, nas aldeias Jaguapiru e Boróro.

A vila possui quadra poliesportiva, campo de futebol, pista de atletismo, quadra de vôlei de areia, parque infantil, vestiários, banheiros adaptados e ainda um prédio para administração. O projeto, iniciado em 2008, soma investimentos em infraestrutura da ordem de R$ 1,4 milhão, por meio do Ministério do Esporte.

A cerimônia de inauguração contará com as presenças do governador André Puccinelli, do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, parlamentares, autoridades locais, lideranças indígenas e de representantes de movimentos populares.

Mato Grosso do Sul conta com a segunda maior população indígena do Brasil. São 68.963 pessoas, distribuídas em sete etnias: Guarani-Kaiowá, Terena, Kadwéu, Atikum, Ofaié, Kinikinaw e Guató. Elas habitam 75 aldeias, localizadas em 29 municípios. A Vila Olímpica servirá de palco para grandes competições esportivas e tradicionais e múltiplas atividades de integração.

RODAPÉ - Pronto, segregaram de vez os índios. É como se alto e bom som dissessem: - Taí, divirtam-se. E falassem entre dentes: - Se quiserem que se organizem e não venham incomodar nos jogos de brancos - ops! - jogos de não-afro-descendentes; de afro-descendentes, de amarelos e outras raças espalhadas pelo mundo.

Não se admire que, ao invés de tratar dos estádios e da infra-estrutura da Copa do Mundo, já estejam elucubrando o grande golpe esportivo internacional.Vêm aí os Jogos Olímpicos Mundiais só para índios, ou para ser politicamente correto, nativo-descendentes.

Podem participar, além das nações relacionadas no release oficial, aravetés, bororós, guaranis, kaiapós, karajás, kalapalos; quéchuas, mapuches, aruaques, apaches, navajos, moicanos, comanches, esquimós... Outras etnias, fora! Elas já têm as Copas e os Jogos que merecem.

DOMINGO, DIA DE FUTEBOL

VEXAME DE HERANÇA
No dia 30 de outubro de 2007, em Zurique, na Suiça, a Fifa consagrou o Brasil como país sede da Copa do Mundo de 2014. Lula, o timoneiro mais pé-frio da história do futebol brasileiro, comemorou a vitória da politicalha com sua pandilha de cartolas e proclamou com ar de seriedade:
Reprodução/Pravda

- Amanhã mesmo começaremos a trabalhar.

A promessa foi feita no dia seguinte, ainda na ressaca da "vitória". E foi aí que se deu a inauguração de mais um lançamento da pedra fundamental do grande engodo, já com sinais da herança de um vexame internacional. O Partido dos Trabalhadores é bom de conversa e ruim de trabalho. Gosta de mandar; detesta trabalhar. Faz saber, não sabe fazer. A cartolagem é tão boa de conversa e maracutaia, quanto Lula é bom de políticagem e pé-frio no futebol.

GRENAL DE SOBREVIDA
Hoje é dia do primeiro dos dois clássicos entre Gremio e Internacional que decidem mais um título do campeonato gaúcho. Em caso de vitória de um ou de outro, o segundo jogo terá um treinador interino. Se não fossem soberbos, Falcão e Renato Gaúcho já teriam armado um empate como sobrevida de suas respectivas carreiras.

CAMBISTAS PRESOS
Como no Sul, os paulistas também começam a decidir neste domingo o campeonato estadual de 2011. Ao contrário dos gaúchos os paulistas, em tese, não querem a cabeça nem do Tite nem do Muricy. Na teoria, querem Corinthians ou Santos como campeões. Na prática, ontem, a polícia prendeu um bando de cambistas. Eles vendiam, na frente do estádio, ingressos de preços exorbitantes para a guerra entre as torcidas organizadas.

CONVITE TÁTICO
A diretoria do Santos resolveu entrar em campo para dar mais uma forcinha extra ao treinador Muricy Ramalho. Acaba de mandar para Lula dois convites especiais para cabine de honra nos estádios onde serão realizados os dois jogos que decidem o título do campeonato paulista deste ano. Os cartolas santistas só fazem uma exigência: Lula tem que torcer para o Corinthians.

SEGREDINHO DE LIQUIDIFICADOR
Reprodução/AE
 - Estádio a gente encontra em qualquer esquina; tapioca é outro papo.

sábado, 7 de maio de 2011

GRENAL - CABEÇA COM CABEÇA

Este domingo promete lá no Rio Grande do Sul. Gremio e Internacional disputam a primeira de duas partidas para decidir qual dos dois vai cair: Falcão ou Renato Gaúcho. Agora é assim, gremistas e colorados tão nem aí pro futebol.
O espírito de competição voltou aos primórdios do esporte. A principal modalidade é chutar cabeças.

INTER VAI JOGAR COM UM SÓ ATACANTE

Reprodução/Foto/Vip
Não, o Inter não vai jogar na retranca. Falcão é que vai jogar na defesa do seu emprego.

A ÚLTIMA IMPRESSÃO...

Reprodução/Foto Cristiano Estrela
Renato Gaúcho, antes que cabeças comecem a rolar: "A última impressão é que fica". Ele cutucou a rapaziada para ver se garante a própria cabeça no lugar. Não disse que "a primeira impressão é que vale".
NEM TUDO É O QUE PARECE...
Michael do Vôlei Futuro, em entrevista para o portal iG: "Olhava menina e não achava bonito"...
Pois Thomaz Bellucci, já nas semifinais do Open de Madri, sempre achou.


O SEGREDO DE RAFAEL NADAL

Rafael Nadal é o Messi Espanhol das quadras de tênis. Claro, tem mais títulos que o baixinho que deixou a Argentina pra lá e foi ser craque na Catalunha. É natural, o tênis é uma modalidade quase individual; deixa de sê-lo quando é jogado em duplas.

O cara é o maior tenista de todos os tempos. E qual é o seu segredo? O Sanatório da Notícia já lhes conta: é a reza forte que faz parte da liturgia dos seus lances - saques ou devoluções.
Fique, como nós, na frente da TV assistindo Nadal vencer, jogo após jogo, torneio após torneio e você também verá.

Seu êxito está no ritual. Invariável e obstinadamente, ele faz um sinal em cruz espúrio e desleixadamente irreverente. Sem, qualquer maldade, só por pura convicção:

Primeiro leva a mão direita - ele joga com a canhota - aos fundilhos, ajeita a cueca ou coisa que o valha; depois leva a mão e o que resta daquele gesto, ao nariz; em seguida a destra vai à orelha esquerda, logo chega à direita e assim, devidamente persignado, está pronto para o saque, ou para a recepção... Para o que der e vier.

No nosso tempo isso era cacoete. Para Nadal é, mais que superstição, a oração dos vencedores. Rafael Nadal é o primeiro tenista do mundo, graças a sua fé inabalável. Contra Rafael Nadal, ajoelhou tem que rezar. Seu segredo é esse metódico sinal da cruz estilizado. Acredite quem quiser.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

ACABOU A ALEGRIA NA VILA

MÉXICO: SANTOS 0X0 AMÉRICA

Começou a acontecer o que todo mundo mais temia: o time do Santos está incorporando o espírito Muricy. Agora os moleques da Vila jogam como gente grande. Carrancudos, à moda antiga. Futebol sem alegria. A cara do Muricy Ramalho.

GUERRA TÁTICA -Tite, o Indefectível, ainda não sabe como escalará o time do Corinthians na primeira partida da final contra o Santos. Do outro lado, Muricy Ramalho já mostrou contra o América mexicano como é que vai jogar. Ambos deveriam se aconselhar com Felipe Scolari. No fim do jogo, o árbitro seria o grande culpado.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Efeito Social que Copa e Olimpíada causam no Brasil

A matéria é da Agência EFE:

ONU acusa Brasil de desalojar pessoas à força por conta da Copa e Olimpíada

Relatora Raquel Rolnik explicou que já foram feitos múltiplos despejos de inquilinos sem que se tenha dado às famílias tempo para propor e discutir alternativas

GENEBRA - A relatora especial da ONU para a Moradia Adequada, Raquel Rolnik, acusou nesta terça-feira as autoridades de várias cidades-sede da Copa do Mundo e do Rio de Janeiro, que receberá a Olimpíada, de praticar desalojamentos e deslocamentos forçados que poderiam constituir violações dos direitos humanos.

"Estou particularmente preocupada com o que parece ser um padrão de atuação, de falta de transparência e de consulta, de falta de diálogo, de falta de negociação justa e de participação das comunidades afetadas em processos de desalojamentos executados ou planejados em conexão com a Copa e os Jogos Olímpicos", avaliou.

Raquel destacou que os casos denunciados se produziram em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Natal e Fortaleza.

A relatora explicou que já foram feitos múltiplos despejos de inquilinos sem que se tenha dado às famílias tempo para propor e discutir alternativas. "Foi dada insuficiente atenção ao acesso às infraestruturas, serviços e meios de subsistência nos lugares onde essas pessoas foram realojadas", afirmou Raquel.

"Também estou muito preocupada com a pouca compensação oferecida às comunidades afetadas, o que é ainda mais grave dado o aumento do valor dos terrenos nos lugares onde se construirá para estes eventos", acrescentou.

Raquel citou vários exemplos, como o de São Paulo, onde "milhares de famílias já foram evacuadas por conta do projeto conhecido como 'Água Espraiada', onde outras dez mil estão enfrentando o mesmo destino".

"Com a atual falta de diálogo, negociação e participação genuína na elaboração e implementação dos projetos para a Copa e as Olimpíadas, as autoridades de todos os níveis deveriam parar os desalojamentos planejados até que o diálogo e a negociação possam ser assegurados".

Além disso, a relatora solicitou ao Governo Federal que adote um "Plano de Legado" para garantir que os eventos esportivos tenham um impacto social e ambiental positivo e que sejam evitadas as violações dos direitos humanos, incluindo o direito a um alojamento digno.

"Isto é um requerimento fundamental para garantir que estes dois megaeventos promovam o respeito pelos direitos humanos e deixam um legado positivo no Brasil", finalizou.

Pandilha da Copa


RODAPÉ - Os promotores desse grande circo - cartolas, governantes, ministros e até o ex-presidente - estão levando na esportiva a missão impossível de realizar a Copa e os Jogos no Brasil. É que os olhos do mundo estão voltados para os cofres públicos, de onde esperavam que iria jorrar dinheiro. Fazem de tudo para que, em caso de extrema-unção, o governo abençõe com as burras públicas os donos desse jogo de interesses pessoais.

KAKÁ, IMPERADOR FENOMENAL

Reprodução/Reuters
Kaká voltou a jogar bem e fez dois golaços contra o Valencia, neste fim de semana. Para homenagear o nascimento da filha, escondeu a bola sob a camiseta. Até agora a torcida está querendo saber se ele estava imitando Adriano Imperador ou Ronaldo Fenômeno.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O Bailarino

01. Lá pelas fronteiras do tempo, quando alguém apontava um grande dançarino de tango, dizia que ele dava 27 passos diferentes em cima de uma tijoleta. De Neymar hoje se pode dizer que, se ele quiser, dá 27 dribles em cima da marca do penalti. Joga por música.

02. O misto de narrador, comentarista e médico da Bandeirantes, Osmar de Oliveira queria, porque queria, que o técnico provisório do Santos tirasse Neymar "para descansar". Sua tese é que ele já tinha feito de tudo um pouco contra a Portuguesa e poderia ir mais cedo para o chuveiro. Incrédulo, reclamava que não sabia por quê Neymar não era susbtituído. Elementar, meu caro: metade da torcida deixaria o estádio e todas as TV mudariam de canal.

03. Só o futebol de Neymar, me faz ficar atè à meia-noite diante de um aparelho de TV. Às vezes me esqueço de eliminar o som.

04. Neymar tem magia nos pés e um talento inatingível por meros craques de futebol. Armando Nogueira dizia que "se Pelé não fosse gente, seria bola". Neymar, se não tivesse nascido Neymar, seria Pelé.

05. Como o Rei, Neymar dribla pra frente e não dá um passe para trás. O futebol pós-Pelé, até que enfim, encontrou o Último dos Moicanos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rogério Ceni perdeu penalti contra o Bragantino. Bolas, ele está cansado de fazer gol de bola parada. esses dois que faltam para chegar ao centésimo gol, ele quer fazer driblando.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Alma lavada

No mesmo dia, uma goleada de 15 x 0. Neymar e Lucas - Alegrias do Povo, 6 x 0 no Uruguai; Vasco - Expresso da Vitória 9 x 0 no América. Quem tem Ney Franco, não precisa ter Mano; quem tem Ricardo Gomes, só precisa ter time.

Top 10 coalizado

A meta anunciada pelo Comitê Olímpico Brasileiro é levar o Brasil ao grupo Top 10 nos Jogos do Rio 2016. Não há tempo para isso, mas brasileiro não desiste nunca. É só imitar os políticos e usar a "estratégia da coalizão": basta comprar os árbitros.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Adriano não quis fazer teste de bafômetro e teve a carteira de motorista apreendida. Será que ninguém vai avisar que, enquanto ele esteve na Europa, a polícia tomou conta do seu morro?!?

Tô fora

Hoje tem dose dupla. Primeiro França x Legião Estrangeira, o golpe de Mano para escapar da guilhotina em caso de debacle diante dos franceses; depois, tem a Seleção Sub-20 sem Neymar diante do Equador. Nem chego diante da TV.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sub-20

Brasil 1 x 2 Argentina

Nem bem tinha começado o jogo e zagueiro Bruno do Brasil foi conhecer o hospital de Arequipa, especializado em acidentes do trabalho na zona do agrião.

Aos seis minutos, uma eternidade para um confronto entre Brasil e Argentina, a expulsão de Juan, zagueiro brasileiro com nome espanhol, deixou o técnico Ney Franco muito mais tranquilo. Nada melhor para justificar uma derrota para los hermanos do que jogar com um a menos.

O pior daquele penalti é que o tabefe no olho do jogador argentino nem doeu nada.

O árbitro não teve sucesso. Ficou o tempo todo esperando que um outro brasileiro quebrasse a perna para dar um cartão amarelo para os argentinos. Foi em vão. Os argentinos batendo eram piores que os brasileiros se esquivando.

É doloroso admitir que hoje em dia basta ficar com um a menos em campo para o Brasil perder para a Argentina. E nem adianta tentar justificar que um dos gols foi de penalti.

Por falar em penalti, ainda bem que o árbitro não apitou nenhum a favor do Brasil. O Neymar iria cobrar de "cavadinha", decerto perderia e ainda era capaz de brigar com o Ney Franco.

A coisa mais inusitada foi ver o que o Neymar fez com o Nervo antes de passar a bola para Willian enfiar aquela bucha no goleiro argentino. O Nervo ficou exposto ao ridículo.

Depois veio o golpe final. Gol de Iturbe. O que aquele gol teve de bom é que os argentinos vão pensar mesmo que o garoto, da altura do Maradona, com a cara melhorada do Tevez é o novo Messi.

Aí, fim de festa. Os argentinos vibrando como se não estivessem em terceiro lugar e o Brasil indo dormir como vice do Uruguai, coisa meio assim como se fosse o Michel Temer deles.

Se você não está satisfeito com o futebol brasileiro, aguarde porque vai piorar. O selecionado brasileiro está em segundo lugar atrás do Uruguai e acaba de perder para a Argentina, mas é só a Sub-20, de Ney Franco... Bem melhor que a Seleção de Mano Menezes.

ESPORTE POR ESPORTE

O Grito de Alerta

Os corintianos que, depois da tolimada que levaram no meio da semana, foram ao Pacaembu neste domingo, para o jogo contra o Palmeiras, não entenderam ainda que a paixão não é um sentimento incondicional. Ela dá aqui e cobra logo ali.Os que não foram ao jogo deram o melhor recado que um mundo em desencanto pode receber:

- Eu te amo, mas não te quero desse jeito.

É como se estivessem, mais que dando um tempo, dando um ultimato:

- O que me deves, não sou eu quem tem que pagar. Enquanto não mudares, não te quero ver; não quero nada teu.... Nenhuma camisa, nenhum boné, nem flâmula, nem chaveirinho. Meus chopes vou tomar em canecas sem a tua marca, as tuas cores.

Não ir ao estádio num domingo como esse, num clássico assim, numa situação dessas é botar a boca no trombone, sem um sinal sequer de violência. É só uma raiva surda com seu grito de alerta:

- Se não tomas jeito, não vou a jogo nenhum, por preço algum. Eu te amo, mas não te aceito desse jeito. Vê se me tratas como eu te trato!

ESPORTE POR ESPORTE

CASO SÉRIO - O Corinthians entra em campo. Ronaldo Fenômeno não joga; está machucado. Um caso sério de... orgulho ferido.

NÃO ERROU - foi então que Ronaldo se deu bem nesse Corinthians x Palmeiras. Não desperdiçou um só lance.

BONDADE - Aquele gol perdido pelo palmeirense Maurício Ramos, no primeiro tempo, não foi por ruindade. Pelo contrário, foi por bondade. Ele estava morrendo de dó da situação do Corinthians.

TREINO - Zagueirão Ralf deu um soco na nuca do atacante Dinei, do Palmeiras. Estava só treinando para chefe de torcida organizada.

NO DEVIDO LUGAR - Naquela revolta tipo quebra-quebra da torcida corintiana, o carro de Ronaldão escapou incólume. Estava no estacionamento preferencial dos idosos.

EXEMPLO - É vendo os jogadores do Corinthians batendo nos adversários como se, do peito pra baixo tudo fosse canela, que se entende por quê eles não podem reclamar quando as torcidas mal-organizadas vem pra cima deles com paus e pedras.

DESRESPEITO - Desrespeitoso aquele Jorge Henrique do Corinthians. Então, aquilo é encontrão que se dê no Marcos Assunção? Não é coisa que se faça com um senhor da terceira idade.

SANTO FORTE - Não adiantou nada o ataque do Palmeiras fazer o diabo em campo; o São Jorge que baixou no terreiro de Julio César foi dose pra cavalo.


GRATIDÃO - O Tite pode agradecer a vitória ao goleiro Julio César, mas o emprego ele deve ao Felipão.
CARAS E BOCAS - Com a derrota, as caretas do Felipão foram muito melhores de se ver na TV do que se ouvir o que ele disse na coletiva.

A ARTE DA ESCOLHA - Entre ver Ronaldinho Gaúcho jogar no Flamengo contra o potente Boavista e não ver Ronaldo Fenomeno no Corinthians x Palmeiras, a melhor opção foi ver o Ricardo Gomes levar o Vasco da Gama à incrível série de dois jogos invictos. Vasco é Vasco; o resto é o resto.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vilania no Corinthians

Andrés Sanches, já na fase de Toliminado: "No Corinthians não há heróis nem vilões". Como assim? E aquela malvadeza de ficarem o jogo inteiro passando a bola para o Ronaldo?!? Vilania pura!
Reprodução/Reuters
Toliminado... Que nojo!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Esporte por Esporte

Quarta-feira à noite faz agora do Brasil o País do Futebol, tanto como se fosse domingo. Dentre muita bola fora, alguns lances que sobraram da jornada esportiva de ontem, guardados nos intervalos de um lanche com refrigério e uma escapada para tirar água do joelho. Lembrando que no futebol de antes, mais valia uma pipoca do que um gol de bico. A coisa vai em prosa & verso.

PROSA

01.
Elano está fazendo tanto gol pelo Santos, quanto Neymar faz no Sub-20. Mas Ronaldinho Gaúcho já começou batendo mais falta no Flamengo do que os outros dois juntos o ano inteiro.

02.
A única vantagem do Corinthians ontem à noite sobre o Tolima foi não usar calções amarelos e aquilo roxo. Aquilo erano bom sentido, a camisa dos colombianos.

03.
Os melhores lances do jogo Ronaldinho Gaúcho x Nova Iguaçu foi o jogo de cintura das bandeirinhas.

04.
Você viu aquela arrancada do Ronaldo Fenômeno? Pois você não está maluco nem distraído... Ninguém viu.

05.
Ricardo Gomes pega o Vasco da Gama e ainda diz que aceita o "desafio". Desafio é pegar um time no topo da tabela. Assim como anda o Vasco, qualquer série de cinco ou seis derrotas já é sucesso garantido.

06.
O pior para um time uruguaio, depois de qualquer jogo fora de casa, é ter que voltar para Montevidéu.

07.
Agora, o Corinthians está num sério dilema: não sabe se vai priorizar o campeonato de xadrez ou dominó. O primeiro pode ser mal interpretado; o segundo vai derrubando o que ainda está de pé.

08.
O Corinthians ontem na Colômbia teve um jogador expulso no segundo tempo. Aí ficou com apenas nove jogadores em campo. Não, Ronaldo não foi expulso; apenas não jogou o tempo todo.

09.
Há um evidente complô dos jogadores do Corinthians contra o Ronaldo Fenomeno. Todo mundo passa a bola pra ele.

10.
Os colombianos perceberam a estratégia de carrocel adotada por Tite. Gentilmente botaram o Corinthians na roda.

11.
Essa derrota acachapante do Corinthians foi a maior vitória do São Paulo nesta temporada.

12.
Torcedores corintianos mais afoitos e indignados tentaram pegar os jogadores do Corinthians depois da derrota para o Tolima. Foram presos pela polícia colombiana acusado de andar à procura de drogas.

VERSO

Então, Dinamite chama
Ricardo e não Tiririca
Assim, o Vasco da Gama
Pior do que tá não fica.

Ao confundir no vestiário
Serenata com retreta
O Santos saiu do armário:
Foi pegar a Ponta Preta!

Sampaulino de coração,
Rivaldo fez gol de paulada.
Pela idade, meu irmão,
O gol foi de bengalada.

O Ronaldinho Gaúcho
Estreou com tudo em cima:
Iguaçu, sparring de luxo
Mais que time, uma rima.

Na Taça Libertadores
Nem toda a liturgia
Livrou o Timão das dores
da praga da metalurgia.

Celebrar centenário
Exige mais do que brio...
Hoje rezam um rosário
Contra O Cara que é pé-frio.

Dá pena de se ver o craque:
Quando o Ronaldo se move
Nota-se que virou um traque;
Seu esforço já não comove.

Já deveria ter dado stop.
Está virado num Robolim...
É mistura de Robocop
Com um boneco de pebolim.

Ronaldo não joga, se planta
E usa cabide nos ombros
Quando cai e se levanta
Parece surgir de escombros.

Despachado por time que joga
Com camiseta moda Farc
São Jorge ajoelha e roga
Para Santa Joana D'Arc.

Já o Liverpool do Uruguai
Foi quase como um prêmio...
Falso tipo assim do Paraguai
Livrou a cara do Grêmio.

Música e Futebol de Fina Estampa

O GARANHÃO DE PELOTAS
www.garanhaodepelotas.blogspot.com

Grande cantor, bailarino e craque de bola, de tudo quanto lhe foi dado ver e viver por aí, o Garanhão de Pelotas seleciona três coisas na vida: as outras duas são música e futebol.

Da primeira não vai revelar nada do que chegou a catalogar como pilares fundamentais de mudança de hábitos, mas do dossiê de música e futebol, ele hoje tira do armário o que viu e viveu de melhor.

Então - diz ele - a música ia e vinha muito bem. Aí surgiu Glenn Miller e sua orquestra. O mundo que já escutava Benny Goodman, aprendeu a dançar.

Eis que aparece Frank Sinatra e, com a Voz, o mundo aprende a namorar. Foi assim, até que surgiu o rock 'n roll com Bill Haley e seus Cometas. Foi legal e coisa e tal até que Elvis Presley botou pelvis na Terra. Reinou e se foi embora cedo demais para dar vez aos Beatles.

Revirando o baú, o Garanhão rememora que por aqui, o samba de Cartola tirou o chapéu pra a bossa de Tom Jobim que pegou a poesia de Vinícius e saiu por aí de barquinho levando a Garota de Ipanema para os quatro cantos do planeta.

Foi mais ou menos o que Astor Piazzolla fez com o tango de Gardel que já chorava suas mágoas para os boleros de Ravel a Manzanero que inventou o mexicano Luiz Miguel.

Pelo dossiê - que prefere chamar de banco de dados - o Garanhão relembra que foi assim, como a brisa na preamar, que se deu no futebol.

Ia tudo pra lá de muito bem de Yachin a Frendereich, até que nasceu a bola e com ela, Pelé e seus fantásticos coadjuvantes: Garrincha, Didi, Gerson, Nilton Santos.

O futebol teve então que esperar muito tempo até que a mesmice ganhasse alegria nos pés cheios de novidades de um guri medonho, de firulas novas, cheio de charme e matador como um James, James Bond. Seu nome, Ronaldinho - Ronaldinho Gaúcho. Muito prazer...

Quando já estava ficando chato dividir bolas de ouro com o Fenomeno e com Romário, eis que aparece Robinho - o desconcertante, repleto de talento, mas de reduzida persistência. Pronto, era o que faltava para que o terceiro milênio fosse invadido por Neymar e sua geração de moleques.

Neymar não precisa se meter de Pato a Ganso, basta que jogue como Neymar e que possa mostrar o seu futebol de fina estampa. A bola de Neymar é fina; ele é fino. Cavaleiro de fina estampa, Neymar monta e desmonta marcadores. Ainda vai levar muita patada.

Tomara que a grossura de um zagueiro 007 não libere o código de matar jogadas para acabar com o seu futebol antes do tempo. Neymar é fino demais pra bolinha que andam jogando por aí.

De pé quebrado

1° Tempo

Corinthians e Grêmio,
Presos na Libertadores...
É dose pra abstêmio
De fiéis a tricolores.

2° Tempo

E o Timão vai com tudo
Para o que der e vier
Escapa, se for sortudo,
De onde o Gremio estiver.

Roberto Carlos não joga.
Corinthians tem espasmo!
Sai o cantor mais em voga...
Entra o velho Erasmo

Coringão hoje à noitinha
Pega o famoso Tolima
Nem precisa camisinha
Pois não faz nem sai de cima.

Pode ser que me engane
E até cause revolta:
A máquina vai dar pane.
O Coringão vem de volta.

Prorrogação

Hoje tem o Ronaldinho,

No Fla, em noite de luxo
Um show bem melhorzinho
Que assistir o Ronalducho.

Nunca será demais pedir

Em Ronaldinho e Iguaçu
Para ver o Lula vestir
Uma camiseta Fla-Flu.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SANATÓRIO DA NOTÍCIA
http://www.sanatoriodanoticia.blogspot.com/
FUTEBOL DE PÉ QUEBRADO
Brasil 5 x 1 Chile

Pelo jeito de rebater
Daquele baita zagueiro
Ele não sabia dizer
O que é bola, ou traseiro.

Assim, o baque boiola
Atendia todo faceiro...
Se lhe pedissem a bola
Ele dava o traseiro.

O Chile deixou a bola
E resolveu ir à luta
Dava de bico, entrava de sola...
Que time... bom e batuta!

Futebol naquele embalo
É como se fosse Hockey
O zagueiro era um cavalo
E Neymar era o jockey.

Se fosse automobilismo,
Aquele time do Chile
Não passava, sem lirismo,
De um antigo Uno Mile.

Se naquela partida
Alguém merecia apanhar
Era o juiz, toda vida,
Até aprender a apitar.

E depois da goleada,
Melhor que acertar na Quina:
Alegria redobrada
Com o choro da Argentina.

No vestiário, enfim sós...
Algo mais nos consola:
Enquanto batem em nós,
Nós só batemos na bola.

O futebol brasileiro
Voltou ao seu requebrado
Baila até, no estrangeiro,
Em verso de pé quebrado.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Que bolão!

O Ronaldo Fenomeno joga mais parado que o Romário quando andava atrás do milésimo gol.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Depois de 4h36 de jogo, o brasileiro Thomaz Bellucci é eliminado por Jan Hernych do Aberto da Austrália. Impressionante a evolução de Bellucci depois que Larri Passos é seu treinador. Agora o sucessor de Guga já demora muito mais para perder os jogos.

Plano para erradicar pobreza põe em cheque reforma agrária. Grandes coisas. Esse cheque é pré-datado há mais de oito anos.

É como dizia outro dia um ganhador de bolsa-família: - Já que não tenho nada pra fazer, vou me juntar ao MST.

Deu no Estadão: ONG americana vai questionar Rio sobre logomarca
Fundação quer receber esclarecimentos sobre o trabalho por causa da suspeita de plágio.
Quem levantou a bola nesse jogo entre COB e Telluride Foundation foi o Blog do Cruz (http://blogdocruz.blog.uol.com.br/).

Caiu na rede: Lula deve ir ao Fórum Social Mundial, dizem organizadores. Grandes coisas, os pobres coitados que não são da elite vive comparecendo aos Foruns de suas cidades, respondendo a processos porque não conseguem pagar suas contas...


WikiLeaks: Heráclito Fortes quis armar País contra Venezuela. Bobagem desnecessária, Hugo Chávez já está armado e se encarrega ele mesmo de acabar com a própria nação.

Chuvas como a do RJ ocorrem apenas a cada 350 anos, diz Inea. Ah bom, então os cariocas estão salvos. Agora todos sabem que vem aí bom tempo.

Para polícia, Abdelmassih está escondido no interior de SP. Bolas, o que interessa é o endereço dele. Há uma boa dezena de suas antigas pacientes que já não aguentam mais de saudade.

Suíços de Fribourg enviam ajuda para 'primos brasileiros'. São os primos ricos.

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A promessa que não surge no Brasil

Nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália-2000 o Brasil não conquistou nenhuma medalha de ouro, conseguiu seis de prata e seis de bronze. Ficou na 52ª posição no ranking internacional olímpico.

Em Atenas, Grécia-2004 o Brasil abocanhou 16 medalhas de ouro, 22 de prata e 38 de bronze. Alcançou assim o 38° lugar na classificação mundial.

Na Olimpíada de Pequim-2008, o Brasil ganhou tres medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze e ostenta a 23ª posição no ranking oficial do Comitê Olímpico Internacional.

O que foi que aconteceu com o esporte de alto rendimento no Brasil nessa maratona de 10 anos de Olimpíadas? Já se vê... Mas é bom que se vá por partes. Segundo o IBGE a população brasileira em 2000 era de 136 milhões de pessoas.

Hoje, ainda que o IBGE não tenha conseguido concluir o recenseamento de 2010, o Brasil tem mais de 194 milhões de habitantes.

Uma década depois de Sydney, nasceram no Brasil nada mais, nada menos do que 58 milhões de pessoas. Isso equivale à população de quase dois países com a população da Argentina e, pelo menos, uma dúzia de Uruguais.

Pelo visto, nenhum desses mais de 58 milhões de novos brasileiros traz o gene, o selo, o carimbo do herói olímpico. O esporte de alto rendimento, seja qual for a modalidade, não é genético. Do contrário, o filho do Rivelino teria uma patada atômica como ele tinha; o herdeiro de Pelé não iria jogar no gol; a filha da Hortênsia nasceria com a cara de um aro de basquete; o primogênito de Oscar já chegaria ao mundo com a mão santa.

O medalhista olímpico, o derrubador de pódiuns não nasce com ouro, prata ou bronze nas veias. Ele precisa ser inoculado com doses permanentes de incentivo e preparação técnica e científica; doses aviadas com base em uma política de formação esportiva sistemática e organizada. No Brasil, ninguém morre dessa cura. Esse é o mal.


Quem está nos devendo esse saneamento básico no mundo esportivo é o Comitê Olímpico Brasileiro. O COB é a entidade máxima do esporte no Brasil. O Comitê existe para "representar o Olimpismo e difundir o ideal olímpico no território brasileiro". Presidido por Carlos Arthur Nuzman, o COB se orgulha de organizar o Prêmio Brasil Olímpico, que premia, com pompa e circunstância, "os melhores atletas" do Brasil no ano.

É o COB que nos deve o título de uma das p´rimeiras e maiores potências mundiais olímpicas porque, nos últimos dez anos, pulamos de 136 milhões para 194 milhões de habitantes. Somos - além dos mais antigos - 58 milhões de novos brasileiros para disputar 28 esportes nos Jogos de 2016. Considerados os 194 milhões, seriam 7 milhões de prováveis candidatos para cada esporte; no terreno olímpico, mais de 2 milhões de eventuais novos atletas por modalidade olímpica. Mas esse é o único tipo de promessa que não surge no Brasil.

RODAPÉ - Para que a carga não fique tão pesada nas costas do Nuzman e seu Comitê, é bom começar a cobrar a participação de quem usa fraque e cartola nas confederações das modalidades que integram o programa olímpico: Confederação Brasileira de Atletismo / Confederação Brasileira de Badminton / Confederação Brasileira de Basketball / Confederação Brasileira de Boxe / Confederação Brasileira de Canoagem / Confederação Brasileira de Ciclismo / Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos / Confederação Brasileira de Desportos na Neve / Confederação Brasileira de Desportos no Gelo / Confederação Brasileira de Esgrima / Confederação Brasileira de Futebol / Confederação Brasileira de Ginástica / Confederação Brasileira de Golfe / Confederação Brasileira de Handebol / Confederação Brasileira de Hipismo / Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor / Confederação Brasileira de Judô / Confederação Brasileira de Levantamento de Peso / Confederação Brasileira de Lutas Associadas / Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno / Confederação Brasileira de Remo / Confederação Brasileira de Rugby / Confederação Brasileira de Taekwondo / Confederação Brasileira de Tênis / Confederação Brasileira de Tênis de Mesa / Confederação Brasileira de Tiro com Arco / Confederação Brasileira de Tiro Esportivo / Confederação Brasileira de Triathlon / Confederação Brasileira de Voleibol / Confederação Brasileira de Vela e Motor.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Uma Copa na Lama

Reprodução/Vicente Seda-Div
Não é nada, não é nada, a verba de R$ 780 milhões anunciada pelo governo Dilma  para a reconstrução das cidades soterradas "pelas chuvas" na região Serrana do Rio de Janeiro, não é nada mesmo.

A doação não chega nem a fazer cócegas no valor de R$ 750 milhões estimado para a reconstrução do Mané Garrincha, em Brasília, afora o custo da iluminação e do gramado. Seria de morrer de rir, não fosse a triste realidade de continuar em pranto pelos que morreram sem, sequer, poder chorar.


Reprodução/Div.
É que reconstruir Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Itaipava, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro, Areal, Tres Rios, Bom Jardim, Duas Barras, a região Serrana como um todo, não tem a prioridade, nem a mesma importância, ou a mesma urgência que aprontar estádios para a Copa do Mundo de 2014.


Um governo que se preze, um País que tenha consciência, que tenha as duas coisas - amor próprio e alma - não troca a paixão ao futebol pelo amor ao próximo. Até porque, o próximo, é ele próprio.

Certo? Nem tanto. A Gávea estava em festa por Ronaldinho Gaúcho no dia em que a enchurrada começava a riscar a serra carioca do mapa. O Botafogo celebrou, neste domingo (16) em ritmo de samba e folia, o seu novo time para este promissor ano de 2011. E, porque a vida não pára, o domingo foi de futebol. Em canal aberto ou paper-view.


Um governo que se preze e um país que tenha espirito de solidariedade, não poderia admitir - em tempo nenhum de sua História, que um só tijolo fosse colocado numa obra sequer de reconstrução de um estádio "porque a Copa do Mundo vem aí", antes que as cidades da região Serrana do Rio fossem reerguidas de cada um de seus escombros e trazidas de volta à vida "porque o Brasil é um país sério".

Replay, para que não haja dúvida: nenhum tijolo, antes da vida voltar ao normal nas cidades destruídas pela hecatombe que desmorona o Brasil de todos os gentílicos - cariocas, mineiros, gaúchos, nordestinos.

A Copa do Mundo é nossa? Então, com o Brasil não há quem possa... Eeêta esquadrãode ouro! Sobram dinheiro e bondade nas burras públicas para essa irreversível comoção mundial da bola, como sobrarão dinheiro e bondade para os Jogos de 2016, tão inadiáveis quanto a promoção da Fifa - entidade superior que, com a seleção de empresas nacionais que estiverem envolvidas com a Copa.

Pelo conjunto da obra, elas - a Fifa e as empresas - serão agraciadas com uma isenção fiscal que, nessa corrida do ouro, ultrapassa a cifra de R$ 1 bilhão e 200 milhões em impostos que deixarão de ser recolhidos aos cofres governamentais.

Do jeito que, até aqui, os governos tem levado as catástrofes naturais na esportiva, pelo mundo do direito e da justiça, a reconstrução de cidades e regiões atingidas pelas tragédias que se repetem em efeito cascata pelo Brasil, por jurisprudência ou macabra isonomia, deveriam merecer a mesma atenção, o mesmo dinheiro, o mesmo selo de bondade, a mesma comovente solidariedade do governo.

Alguém já sabe qual o nível de isenção fiscal que será concedido às empresas encarregadas, desde já, a reerguer cidades cobertas pelas avalanches desnaturadas? Decerto, não; ninguém ouviu falar, posto que ninguém disse nada a respeito até agora.
Foi em meados do ano passado que o então presidente Luís Inácio Lula da Silva instituiu, por medida provisória (MP), a desoneração de impostos federais para as obras dos estádios da Copa de 2014. A isenção atendeu a pedidos dos comitês executivos locais das cidades-sede. A medida provisória, versão modernizada do velho AI-5, foi criada para reduzir consideralvelmente o custo das obras.


Pelo texto presidencial ficou definido que as empresas habilitadas pelo Ministério do Esporte serão desoneradas de PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Importação (II) de materiais, bens e serviços.

De acordo com levantamento da Agência Brasil - órgão oficial do governo, a renúncia fiscal poderia atingir R$ 35 milhões em 2010 e R$ 350 milhões até 2014. A medida entrou em vigor em 28 de agosto de 2010  e vai vigorar até 30 de junho de 2014.

Em maio do ano que já foi, o Congresso aprovou dois projetos de lei que isentam os parceiros comerciais e de transmissão televisiva da Fifa de impostos vinculados à realização da Copa. Estimativa do Ministério do Esporte sinaliza que o governo deixará de arrecadar R$ 900 milhões por meio dessa medida. Em contrapartida, o evento poderia gerar R$ 10 bilhões em impostos, segundo a mesma pasta com alça.

Então, pronto! É só o governo Dilma baixar, à imagem e semelhança do seu antecessor, uma MP idêntica, sem tirar nem pôr. Isso sim faria do gesto de Lula, uma "herança bendita".


Bolas, não se trata de emoção. É coisa de razão. Fala-se de uma nação. O Brasil está se desmanchando sob o jugo da inversão de valores. O futebol parece valer mais que a vida. A relação de insensibilidade humana não é só dos que desejam muito mais um novo Maracanã do que uma região Serrana renascida; muito mais novas arenas para suas descontraídas olas, do que a velha e pesada tarefa de recuperar cidades demolidas pela insensatez do homem, antes, bem antes que "pelas chuvas". A insensibilidade é de ordem oficial. Só não pode virar cultura nacional.


Dito assim, tudo leva a crer que não faltará dinheiro aos borbotões para estádios reerguidos das cinzas, ressurgidos das brumas, pelo Brasil afora, aos quatro cantos e todos os ventos. Parece até que hoje não há 81 cidades em estado de emergência, beirando a calamidade pública nas Minas Gerais... E quanto vai custar o novo palco iluminado dos mineiros para a Copa?... Uma Teresópolis, uma Petropólis, ou só uma Itaipava?!?

O quié isso, companheiro? Esses números dizem respeito apenas à restauração, reconstrução ou coisa parecida de estádios. É assunto privado. O público e notório, não se iludam, vai gastar um dinheirão tão grande e tão mais perdulário com as chamadas "obras do entorno" - para dar infraestrura que viabilize copa e jogos de cozinha até 2016. Então se é assim para o esporte, que assim o seja também para a qualidade de vida das cidades e para o bem de todos e felicidade geral da nação.

Angra/ 1 janeiro, 2010/Reprodução-TV Globo
Parece até que a Grande São Paulo não está cercada de transbordantes e revoltosos rios Tietês e que precisa muito mais de um Coringão, um Morumbyzão ou coisa que o valha, do que vencer de virada o jogo da igualdade social, da qualidade de vida desse bocado enorme do Brasil que não pode parar.


Quanto custa um estádio paulistano a mais do que o renascimento da zona da serra no Rio?... Uma Nova Friburgo e suas adjascências, ou toda a região agora devastada?!?


Parece até que a missa de 7° Dia já apagou da memória os mortos da tragédia que soterrou Angra dos Reis, a quem o governo deve até hoje - segundo constatou outro dia o site Contas Abertas - os R$ 30 milhões que prometeu há mais de um ano.


Pensar, apenas pensar mesmo que de leve, em realizar uma Copa do Mundo daqui a tres anos no Brasil e, na esteira do maior espírito esportivo promover as Olimpíadas de 2016 é mostrar o quanto um governo e seus penduricalhos, os donos do esporte, os cartolas de todos os perfís e dimensões, não correm perigo nessa grande aventura que é a vida. É esfregar na cara de uma nação a diferença real e oceânica entre os que podem e os que se sacodem nesse Brasil esportivo dominado por aquilo que Lula da Silva, durante oito anos, definiu como elite.


Já que eles vivem noutro mundo, então que organizem a Copa de 2014 lá nos canfundós do Judas, ou onde o diabo perdeu as botas - lugares de jardins, maçãs e serpentes, onde não há um país afundando em lama; onde não há uma nação sendo soterrada pelo deslizamento da indiferença, da insensibilidae, da desumanidade que, ao invés de recontruir cidades, prefere remodelar estádios. Façam a Copa por lá. E os Jogos também. A menos que não haja uma única cidade em ruínas no Brasil.


RODAPÉ - O Brasil da incúria, aquele que vai reerguer estádios ao invés de reconstruir cidades, terá 12 sedes: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife, Natal, Fortaleza, Salvador, Manaus. E o estádio Mané Garrincha, de Brasília ainda está na rebarba para ser o palco de abertura dessa Copa na Lama. Como é que pode, uma banda social tão estreita, enlamear e soterrar a consciência de uma nação com mais de 190 milhões de pessoas?!?... O brasileiro vive um apartheid e não se dá conta. Em 2014 a África do Sul vai ser aqui.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Trem

Reprodução/Div
Flamengo prevê R$ 200 milhões em retorno de marketing. Essa é a estimativa de ganhos do rubro-negro carioca com Ronaldinho Gaúcho. Então, está provado: Ronaldinho não é um bonde; é um trem pagador.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cariucho

Pronto, Ronaldinho é o velho menino do Rio. Já virou Ronaldinho Cariucho. Que ninguém se iluda, ele parece mais carioca do que Flamengo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dia útil na Gávea

Reprodução/Futura Press
Gávea lotada para ver a apresentação oficial de Ronaldinho Gaúcho como, digamos, jogador do Flamengo. A torcida rubro-negra como se vê é pura Bolsa-Família. Ou então, hoje não é 12 de janeiro, quarta-feira, um dia útil para quem tem mais o que fazer nesse País.

PRIMEIRA DO MENGO - Dilma pode ter sido a primeira-mulher em tudo nesses últimos oito anos, só não foi a primeira-mulher- presidenta do Flamengo.

TUDO ANDA BEM - Ronaldinho chegou ao palco de sua apresentação na Gávea andando da melhor maneira que podia, cercado de seguranças e papagaios-de-pirata. O otimismo da torcida redobrou. Como Ronaldinho Gaúcho caminha bem vestindo a camisa do Flamengo!

SEU BONECO - Não é nada, não é nada, com aquelas bermudas chambonas e a barriga de chope em cima do palco, Ronaldinho parecia que ia interpretar o "Seu Boneco" - figuraça dos programas de Chico Anísio que, ao final de cada manifestação, corria pra galera. 

TIM MAIA - Dirigentes do Gremio e do Palmeiras acham que, guardadas as devidas proporções, Assis é o Tim Maia do futebol: às vezes, ele mente.


PEGOU MAL - O abraço afetuoso de Ronaldinho em Patrícia Amorim encantou a galera. Já o apertão de Vagner Love, pegou mal para a primeira-presidenta do Flamengo. O papagaio Love quis deixar a impressão de que Patrícia Amorim poderia perdoar, a qualquer momento, uma fugida de Ronaldinho a uma daquelas festas na Mangueira.

FALHA NA SEGURANÇA - A grande falha do policiamento na festa de apresentação de Ronaldinho foi não trancafiar Vagner Love e Ivo Meireles, o presidente da Mangueira. Os dois passaram o tempo todo querendo roubar o espetáculo.

O NOME DO JOGO - Depois do leilão, o Brasil inteiro já sabe o nome completo de Ronaldinho Gaúcho: Ronaldo do Assis Moreira.

SEM MOTIVO - Na entrevista coletiva de Ronaldinho é que se viu que não havia qualquer motivo para a mídia esportiva estar tiririca da vida com a tentativa de filtragem da conversa com o atleta. As perguntas que os repórteres fizeram com plena liberdade foram tão inocentes, que poderiam ser feitas sob a mais severa censura de todos os tempos.

A FIM DE QUÊ?!? - Algo não batia bem na coletiva de Ronaldinho. Todos os repórteres, sem exceção, queriam saber se ele veio para o Flamengo para jogar futebol.

AFETO E CARINHO - Nuncanahistoriadoflamengo um presidente recebeu tanto abraço com tamanho afeto e carinho.

Censurados adoram censores

A imprensa esportiva está tiririca da vida porque teve que enviar com antecedência as perguntas que deve fazer hoje ao Ronaldinho Gaúcho, na espetaculosa celebração de sua chegada à Gávea.

A imprensa merece. Bastaria não ir à essa fuzarca toda, em torno de um craque em fim de carreira que, é mais uma vitrine que um jogador.

É só não ir lá, não dar bola pra ele e pronto, acabou a exposição do produto. Sai da prateleira e ninguém vai comprar camiseta, chaveirinho, gibi, tênis, chuteira e, muito menos, aquela bandana horrorosa com o desenho de um bumerangue.

A filtragem imposta à curiosidade dos repórteres faz sentido. A turma do Assis se espelhou na banda do Luiz Felipe Scolari. O técnico do Palmeiras proibiu os jogadores de falar e, como é extremamente dadivoso e magnânimo, concedeu à mídia a grande honra de entrevistar apenas o próprio Felipão.

Se lhe tivessem dado uma banana, ninguém ia notar nenhuma diferença na campanha porca que fez o Palmeiras; não notaria bulhufas no futebol de segunda categoria do time e, muito menos, veria a imprensa desempenhar o triste e rastejante papel de lambe-botas de um treinador que não ganha um título há mais de cinco anos.

É como já dizia o avô do Garanhão de Pelotas: - Quem dá muito fica largo.
GARANTIA - Na festa da chegada de Ronaldinho ao sol e às praias do Rio de Janeiro, uma surpresa: surgem rumores de que  Vanderlei Luxemburgo vai querer aumento de salário. É que, com Ronaldinho em campo, o técnico do Flamengo não tem mais desculpas.

A ESCALAÇÃO - Com a grana que transfere para os cofres do rubro-negro, Ronaldinho vai acabar escalando Luxemburgo como técnico do Flamengo.

CIÚME - Qual o ego que está mais enciumado: o de Lula, com a projeção de Dilma, ou o de Luxemburgo, com o cartaz de Ronaldinho?!?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lá vai o Ganso


O que era de temer aconteceu: o Santos gelou Paulo Henrique Ganso. Com isso, o futebol brasileiro está perdendo um dos mais talentosos e eficazes craques dos últimos tempos.

É capaz de carregar um time nas costas, mesmo quando esse time tenha Neymar, Robinho, Wesley, André, Arouca... O Santos não sabe o que está perdendo.

O máximo

Ronaldinho Gaúcho promete "dar o máximo" no Flamengo. Isso quer mesmo dizer que ele vai dar tudo que lhe sobrou do que já era.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ora bolas!

Reprodução/foto-AFP
Marta abusou. Pela quinta vez é eleita a melhor do mundo. Pena que a Fifa não apita nada nas eleições do País do Futebol. Aqui, o povo elegeu Dilma.

Marta é o Messi do futebol feminino. Ele tem emprego garantido; ela prova que fuitebol é pra homem: "preciso arrumar um time para jogar".

E o Flamengo elegeu Ronaldinho Gaúcho. Aqui, o craque aparece envergando a jaqueta do Milan com listras horizontais.

Pronto, era o que o futebol carioca mais queria: Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Flamengo, em listras verticais.