Esporte por Esporte

Essas vuvuelas, coqueluche da Copa, não passam de uma versão africana das velhas línguas-de-sogra com zumbido de mosca varejeira.

O MUNDO É UMA BOLA

Coisas & loisas do esporte. Histórias que vão do vestiário às pistas, aos ginásios, aos estádios, à boca do trombone, ao coração do torcedor.

Os dois primeiros bolaços deste espaço, saíram de uma das habituais conversas com o jornalista José Cruz, bloguista titular do UOL, com meio milhão de acessos alcançados na madrugada deste sábado para domingo.

"Agradeço a Antarctica as Brahma que me enviou". (Claudiomiro, do Internacional ao repórter que o premiava por ter sido o melhor do jogo).

"A moto eu vou usar, o rádio eu vou dar pra minha mãe". (O mesmo Claudiomiro, ao ganhar um motorádio como o melhor em campo).

"Clássico é clássico e vice-versa". (Jardel, ex-Grêmio).

"O difícil, vocês sabem, não é fácil". (Vicente Matheus).

"O México é que é bom. Lá, a gente recebe semanalmente de quinze em quize dias". (Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos).

"Depois da tempestade vem a ambulância". (Vicente Matheus).

"Fiz que fui pela esquerda, mas não fui e acabei fondo pelo meio!". (Nunes, ex-atacante do Flamengo).

"O esférico vai ser retirado de campo por ter perdido sua circunferência legal, o que o torna obsoleto para a prática do Association". (Oduvaldo Cozzi).

"Nem tudo que cai na rede é peixe. Algumas vezes é frango". (Armando Nogueira).

"O Edu não se cuida, está gordo demais. Como pode correr com esta protuberância anal?". (Mauro Pinheiro, comentarista esportivo).

"Os homi tão querendo me transformar em bode respiratório". (Miranda ex-atacante do Santos).

"Está garoando torrencialmente". (Vicente Matheus).

"Em vez de ir pra frente nosso futebol tem andado de marcha a ré, como tartaruga". (Túlio, ex-Botafogo).

"Não foi nada de especial, só chutei com o pé que estava mais à mão". (João Pinto, ex-FC do Porto).

"Quando o jogo está a mil minha naftalina sobe". (Jardel).

"Eu quero o meu passe, doutor. Não estou precisando do atestado de laboratório". (Prazeres, jogador do Bahia, dirigindo-se ao presidente do clube).

"Jogador é o Didi, que joga como quem chupa laranja". (Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo).

"Numa simples ginga de Didi há toda uma nostalgia de gafieiras eternas". (Nelson Rodrigues).

"Sabe qual é o cara mais gentil do mundo? É o Bráulio, o único que levanta para as mulheres sentarem". (desconhecido).

"Adultério: antes à tarde do que nunca". (desconhecido).

"Comer a mulher dos outros e não contar nada pra ninguém, é o mesmo que fazer um gol de bicicleta num estádio vazio". (Esquina do Aquário-Sérgio Siqueira).

VESTIÁRIO

O vestiário é o resumo do espírito esportivo que faz de atletas, técnicos, cartolas, servidores de ofício, repórteres e tietes, verdadeiros artistas. É a cochia dos grandes e pequenos espetáculos. O prolegômeno et le grand finale do que acontece durante qualquer competição de qualquer modalidade. Um resumo do esporte feito pela imaginação.

DEUS NÃO JOGA...

Era a noite da grande decisão do campeonato de futsal daquele ano já muito antigo na cidade de Pelotas, uma pátria pequena que eu tenho no Sul. Ginásio cheio para ver Estrela x Brasil. Fervido - uma espécie de Neném Prancha dos Pampas - era o treinador do Estrela. O Brasil já estava na quadra. A arbitragem já avisara duas vezes que o time atrasado já fora multado e corria o risco de levar um WO.

O técnico estrelado fazia cera e estendia sua preleção. É que Pudim, o goleiro titular, não aparecia.

Fervido já distribuíra as quatro fichas para os titulares, mas mantinha a credencial do goleiro Antônio na mão esquerda, enquanto gesticulava com a outra dando as demoradas tintas finais.

Ao terceiro chamamento da mesa oficial, Fervido não teve alternativa: mandou Antônio exercitar-se para sair jogando. E, com ar contrariado, voltou-se para os outros e reiniciou suas falas.

Foi nesse exato momento que a porta do vestiário se abriu e ele deu de cara com a figura salvadora de Pudim. Nesse instante, no auge de suas contorsões físicas para o devido aquecimento, Antônio se curva e, sem controle instestinal, solta o que há de pior no orgulho humano. Alto e bom som. De cheiro insuportável.

Fervido, não perdeu tempo. Virou-se para o goleiro reserva, tirou-lhe a ficha da mão e vituperou na maior cara de pau:

- Você está debochando da minha preleção é?!? Dá aqui a credencial...

E, sem perder tempo, entregou-a para Pudim, seu titular absoluto:

- Pegaí, Pudim. Te farda e entra logo que a gente já tá atrasado.

Pudim entrou. O Estrela não perdeu os pontos. Perdeu foi de 6x1. Seis frangos pra ninguém botar defeito. Um atrás do outro.

Há quem diga que o goleirão estava na gaveta. Outros garantem que "Deus não joga, mas fiscaliza".

MODALIDADES OLÍMPICAS

Relação dos esportes de alto-rendimento e suas circunstâncias. Em Pequim-2008 o mundo assistiu competições em 34 modalidades olímpicas:

1) Arco-e-flecha; 2) Atletismo; 3) Badminton; 4) Beisebol; 5) Basquetebol; 6) Boxe; 7) Canoagem; 8) Ciclismo; 9) Esgrima; 10) Futebol; 11) Ginástica artística; 12) Ginástica rítmica desportiva; 13) Handebol; 14) Halterofilismo; 15) Hipismo; 16) Hóquei na grama; 17) Judô; 18) Luta (livre e greco-romana); 19) Natação; 20) Nado Sincronizado; 21) Saltos Ornamentais; 22) Pólo Aquático; 23) Pentatlo Moderno; 24) Remo; 25) Softbol; 26)Taekwondo; 27) Tiro; 28) Tênis; 29) Tênis de Mesa; 30) Trampolim acrobático; 31) Triatlo;32) Vela; 33) Voleibol; 34) Vôlei de Praia.

Várias modalidades foram excluídas do quadro de esportes nas Olimpíadas Modernas: cabo de guerra, críquete, croquet, esqui aquático, golfe, hóquei sobre patins, lacrosse, motonáutica, patinação artística, pelota basca, pólo equestre, raquets, roque e rugbi.

sexta-feira, 11 de junho de 2010