quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Futebol de Mulheres

Pois, então, rola um torneio internacional interclubes de futebol feminino, no Brasil. E as sereias do Santos já chegam de braçada a mais um título. É, na verdade uma competição tipo romance de coelho:
- Vai ser bom... não foi?!?

No primeiro jogo, Flamengo e Palmeiras empataram. Isso, só facilitou as coisas para as garotas da Vila. Mas, vamos ao que interessa.

O Santos enfrentou a Uema, uma equipe da Suécia. Deu de 4 a 2, mas poderia ter dado mais. As meninas santistas estavam sem, digamos, apetite. Não chegavam às bolas com a devida volúpia.

As suecas, por sua vez, dada a sua fama internacional, não se mostraram como todo mundo esperava.

A partida começou fácil: 1 a 0 logo no primeiro minuto de jogo. Suzana aproveitou-se do pecado da goleirinha da Suécia e enfiando a perna direita, consumou o ato.

Aí, Marta começou a rebolar. Mostrou mais jogo de cintura do que Neymar e qualquer outro garoto da Vila. No meio de campo Dani era o próprio cabelo do Arouca; era o Arouca, sem tirar nem pôr, até nos passes que errava. Sua companheira de armação metia os peitos a Ganso.

Lá pelas tantas, depois de um golaço de Marta - a voluptuosa, Maurine, ala direita, deu uma de Petkovic e meteu um gol olímpico. A outra lateral do Santos foi para o sacrifício, seu penteado era uma verdadeira coroa de espinhos.

No futebol feminino há duas verdades líquidas e certas: goleira não sabe sair do gol e atacante não sabe cabecear. Outra verdade, mas sobre a qual ainda há controvérsias: os lançamentos de 30 metros não passam de 25.


Chovia que Deus mandava. Ele é mesmo brasileiro. A partida ficou linda de se ver. As camisetas molhadas levavam as garotas a mostrar mais que jogo de bola... Foi então que se viu que futebol de mulher é pra homem. Mas, aí, a chuva parou. A emoção dos narradores, também.

Ia quase tudo muito bem quando, aos 20 minutos ainda do primeiro tempo,|  a atacante sueca Petterson, mostrou tudo o que tinha. No bom sentido: fez o primeiro gol da Suécia.

O que se notou foi que aquele gol olímpico da Maurine fez mal ao time do Santos. Qualquer escanteio parecia penalti: todo mundo queria bater. Sem mais delongas, ao 48' a árbitra, uma pequenota toda socadinha, termina a primeira fase.

Sabe lá o que se passou pela cabeça dele, mas no intervalo, o treinador do Santos deveria estar pensando em alguma outra coisa, menos em futebol. As sereias voltaram meio desencantadas para o compromisso do segundo tempo.

É sempre um perigo quando o técnico de uma equipe de mulheres, querendo garantir o resultado, diz que é para se defenderem com unhas e dentes.

Vai daí que, a beleza do futebol santista, saiu arranhada: as suecas fizeram o segundo gol. Pronto, de 3 a 0 a coisa já estava se transformando numa saia justa: 3 a 2.

Uma das vantagens para o torcedor no futebol de mulheres é que, em caso de contusões leves, dá gosto vê-las baixando as meias... Mas isso é só um detalhe. Há lances melhores: uma distensãozinha na virilha, por exemplo.

Quando as sereias já estavam vendo a coisa preta, a goleirinha sueca mostrou toda a sua feminilidade: ao invés de engolir um frango, preferiu levar um peru e, perdoem a força da expressão, bem pelo meio das pernas.

Assim foi que o trio de arbitragem encerrou o jogo, Santos 4 a 2 Uema. A propósito, aquele trio de arbitragem bem que poderia ir apitar mal... lá em casa.