quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Depois de 4h36 de jogo, o brasileiro Thomaz Bellucci é eliminado por Jan Hernych do Aberto da Austrália. Impressionante a evolução de Bellucci depois que Larri Passos é seu treinador. Agora o sucessor de Guga já demora muito mais para perder os jogos.
Plano para erradicar pobreza põe em cheque reforma agrária. Grandes coisas. Esse cheque é pré-datado há mais de oito anos.
É como dizia outro dia um ganhador de bolsa-família: - Já que não tenho nada pra fazer, vou me juntar ao MST.
Deu no Estadão: ONG americana vai questionar Rio sobre logomarca
Fundação quer receber esclarecimentos sobre o trabalho por causa da suspeita de plágio.
Quem levantou a bola nesse jogo entre COB e Telluride Foundation foi o Blog do Cruz (http://blogdocruz.blog.uol.com.br/).
Caiu na rede: Lula deve ir ao Fórum Social Mundial, dizem organizadores. Grandes coisas, os pobres coitados que não são da elite vive comparecendo aos Foruns de suas cidades, respondendo a processos porque não conseguem pagar suas contas...
WikiLeaks: Heráclito Fortes quis armar País contra Venezuela. Bobagem desnecessária, Hugo Chávez já está armado e se encarrega ele mesmo de acabar com a própria nação.
Chuvas como a do RJ ocorrem apenas a cada 350 anos, diz Inea. Ah bom, então os cariocas estão salvos. Agora todos sabem que vem aí bom tempo.
Para polícia, Abdelmassih está escondido no interior de SP. Bolas, o que interessa é o endereço dele. Há uma boa dezena de suas antigas pacientes que já não aguentam mais de saudade.
Suíços de Fribourg enviam ajuda para 'primos brasileiros'. São os primos ricos.
Plano para erradicar pobreza põe em cheque reforma agrária. Grandes coisas. Esse cheque é pré-datado há mais de oito anos.
É como dizia outro dia um ganhador de bolsa-família: - Já que não tenho nada pra fazer, vou me juntar ao MST.
Deu no Estadão: ONG americana vai questionar Rio sobre logomarca
Fundação quer receber esclarecimentos sobre o trabalho por causa da suspeita de plágio.
Quem levantou a bola nesse jogo entre COB e Telluride Foundation foi o Blog do Cruz (http://blogdocruz.blog.uol.com.br/).
Caiu na rede: Lula deve ir ao Fórum Social Mundial, dizem organizadores. Grandes coisas, os pobres coitados que não são da elite vive comparecendo aos Foruns de suas cidades, respondendo a processos porque não conseguem pagar suas contas...
WikiLeaks: Heráclito Fortes quis armar País contra Venezuela. Bobagem desnecessária, Hugo Chávez já está armado e se encarrega ele mesmo de acabar com a própria nação.
Chuvas como a do RJ ocorrem apenas a cada 350 anos, diz Inea. Ah bom, então os cariocas estão salvos. Agora todos sabem que vem aí bom tempo.
Para polícia, Abdelmassih está escondido no interior de SP. Bolas, o que interessa é o endereço dele. Há uma boa dezena de suas antigas pacientes que já não aguentam mais de saudade.
Suíços de Fribourg enviam ajuda para 'primos brasileiros'. São os primos ricos.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
A promessa que não surge no Brasil
Nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália-2000 o Brasil não conquistou nenhuma medalha de ouro, conseguiu seis de prata e seis de bronze. Ficou na 52ª posição no ranking internacional olímpico.
Em Atenas, Grécia-2004 o Brasil abocanhou 16 medalhas de ouro, 22 de prata e 38 de bronze. Alcançou assim o 38° lugar na classificação mundial.
Na Olimpíada de Pequim-2008, o Brasil ganhou tres medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze e ostenta a 23ª posição no ranking oficial do Comitê Olímpico Internacional.
O que foi que aconteceu com o esporte de alto rendimento no Brasil nessa maratona de 10 anos de Olimpíadas? Já se vê... Mas é bom que se vá por partes. Segundo o IBGE a população brasileira em 2000 era de 136 milhões de pessoas.
Hoje, ainda que o IBGE não tenha conseguido concluir o recenseamento de 2010, o Brasil tem mais de 194 milhões de habitantes.
Uma década depois de Sydney, nasceram no Brasil nada mais, nada menos do que 58 milhões de pessoas. Isso equivale à população de quase dois países com a população da Argentina e, pelo menos, uma dúzia de Uruguais.
Pelo visto, nenhum desses mais de 58 milhões de novos brasileiros traz o gene, o selo, o carimbo do herói olímpico. O esporte de alto rendimento, seja qual for a modalidade, não é genético. Do contrário, o filho do Rivelino teria uma patada atômica como ele tinha; o herdeiro de Pelé não iria jogar no gol; a filha da Hortênsia nasceria com a cara de um aro de basquete; o primogênito de Oscar já chegaria ao mundo com a mão santa.
O medalhista olímpico, o derrubador de pódiuns não nasce com ouro, prata ou bronze nas veias. Ele precisa ser inoculado com doses permanentes de incentivo e preparação técnica e científica; doses aviadas com base em uma política de formação esportiva sistemática e organizada. No Brasil, ninguém morre dessa cura. Esse é o mal.
Quem está nos devendo esse saneamento básico no mundo esportivo é o Comitê Olímpico Brasileiro. O COB é a entidade máxima do esporte no Brasil. O Comitê existe para "representar o Olimpismo e difundir o ideal olímpico no território brasileiro". Presidido por Carlos Arthur Nuzman, o COB se orgulha de organizar o Prêmio Brasil Olímpico, que premia, com pompa e circunstância, "os melhores atletas" do Brasil no ano.
É o COB que nos deve o título de uma das p´rimeiras e maiores potências mundiais olímpicas porque, nos últimos dez anos, pulamos de 136 milhões para 194 milhões de habitantes. Somos - além dos mais antigos - 58 milhões de novos brasileiros para disputar 28 esportes nos Jogos de 2016. Considerados os 194 milhões, seriam 7 milhões de prováveis candidatos para cada esporte; no terreno olímpico, mais de 2 milhões de eventuais novos atletas por modalidade olímpica. Mas esse é o único tipo de promessa que não surge no Brasil.
RODAPÉ - Para que a carga não fique tão pesada nas costas do Nuzman e seu Comitê, é bom começar a cobrar a participação de quem usa fraque e cartola nas confederações das modalidades que integram o programa olímpico: Confederação Brasileira de Atletismo / Confederação Brasileira de Badminton / Confederação Brasileira de Basketball / Confederação Brasileira de Boxe / Confederação Brasileira de Canoagem / Confederação Brasileira de Ciclismo / Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos / Confederação Brasileira de Desportos na Neve / Confederação Brasileira de Desportos no Gelo / Confederação Brasileira de Esgrima / Confederação Brasileira de Futebol / Confederação Brasileira de Ginástica / Confederação Brasileira de Golfe / Confederação Brasileira de Handebol / Confederação Brasileira de Hipismo / Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor / Confederação Brasileira de Judô / Confederação Brasileira de Levantamento de Peso / Confederação Brasileira de Lutas Associadas / Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno / Confederação Brasileira de Remo / Confederação Brasileira de Rugby / Confederação Brasileira de Taekwondo / Confederação Brasileira de Tênis / Confederação Brasileira de Tênis de Mesa / Confederação Brasileira de Tiro com Arco / Confederação Brasileira de Tiro Esportivo / Confederação Brasileira de Triathlon / Confederação Brasileira de Voleibol / Confederação Brasileira de Vela e Motor.
Em Atenas, Grécia-2004 o Brasil abocanhou 16 medalhas de ouro, 22 de prata e 38 de bronze. Alcançou assim o 38° lugar na classificação mundial.
Na Olimpíada de Pequim-2008, o Brasil ganhou tres medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze e ostenta a 23ª posição no ranking oficial do Comitê Olímpico Internacional.
O que foi que aconteceu com o esporte de alto rendimento no Brasil nessa maratona de 10 anos de Olimpíadas? Já se vê... Mas é bom que se vá por partes. Segundo o IBGE a população brasileira em 2000 era de 136 milhões de pessoas.
Hoje, ainda que o IBGE não tenha conseguido concluir o recenseamento de 2010, o Brasil tem mais de 194 milhões de habitantes.
Uma década depois de Sydney, nasceram no Brasil nada mais, nada menos do que 58 milhões de pessoas. Isso equivale à população de quase dois países com a população da Argentina e, pelo menos, uma dúzia de Uruguais.
Pelo visto, nenhum desses mais de 58 milhões de novos brasileiros traz o gene, o selo, o carimbo do herói olímpico. O esporte de alto rendimento, seja qual for a modalidade, não é genético. Do contrário, o filho do Rivelino teria uma patada atômica como ele tinha; o herdeiro de Pelé não iria jogar no gol; a filha da Hortênsia nasceria com a cara de um aro de basquete; o primogênito de Oscar já chegaria ao mundo com a mão santa.
O medalhista olímpico, o derrubador de pódiuns não nasce com ouro, prata ou bronze nas veias. Ele precisa ser inoculado com doses permanentes de incentivo e preparação técnica e científica; doses aviadas com base em uma política de formação esportiva sistemática e organizada. No Brasil, ninguém morre dessa cura. Esse é o mal.
Quem está nos devendo esse saneamento básico no mundo esportivo é o Comitê Olímpico Brasileiro. O COB é a entidade máxima do esporte no Brasil. O Comitê existe para "representar o Olimpismo e difundir o ideal olímpico no território brasileiro". Presidido por Carlos Arthur Nuzman, o COB se orgulha de organizar o Prêmio Brasil Olímpico, que premia, com pompa e circunstância, "os melhores atletas" do Brasil no ano.
É o COB que nos deve o título de uma das p´rimeiras e maiores potências mundiais olímpicas porque, nos últimos dez anos, pulamos de 136 milhões para 194 milhões de habitantes. Somos - além dos mais antigos - 58 milhões de novos brasileiros para disputar 28 esportes nos Jogos de 2016. Considerados os 194 milhões, seriam 7 milhões de prováveis candidatos para cada esporte; no terreno olímpico, mais de 2 milhões de eventuais novos atletas por modalidade olímpica. Mas esse é o único tipo de promessa que não surge no Brasil.
RODAPÉ - Para que a carga não fique tão pesada nas costas do Nuzman e seu Comitê, é bom começar a cobrar a participação de quem usa fraque e cartola nas confederações das modalidades que integram o programa olímpico: Confederação Brasileira de Atletismo / Confederação Brasileira de Badminton / Confederação Brasileira de Basketball / Confederação Brasileira de Boxe / Confederação Brasileira de Canoagem / Confederação Brasileira de Ciclismo / Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos / Confederação Brasileira de Desportos na Neve / Confederação Brasileira de Desportos no Gelo / Confederação Brasileira de Esgrima / Confederação Brasileira de Futebol / Confederação Brasileira de Ginástica / Confederação Brasileira de Golfe / Confederação Brasileira de Handebol / Confederação Brasileira de Hipismo / Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor / Confederação Brasileira de Judô / Confederação Brasileira de Levantamento de Peso / Confederação Brasileira de Lutas Associadas / Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno / Confederação Brasileira de Remo / Confederação Brasileira de Rugby / Confederação Brasileira de Taekwondo / Confederação Brasileira de Tênis / Confederação Brasileira de Tênis de Mesa / Confederação Brasileira de Tiro com Arco / Confederação Brasileira de Tiro Esportivo / Confederação Brasileira de Triathlon / Confederação Brasileira de Voleibol / Confederação Brasileira de Vela e Motor.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Uma Copa na Lama
Reprodução/Vicente Seda-Div
Não é nada, não é nada, a verba de R$ 780 milhões anunciada pelo governo Dilma para a reconstrução das cidades soterradas "pelas chuvas" na região Serrana do Rio de Janeiro, não é nada mesmo.
A doação não chega nem a fazer cócegas no valor de R$ 750 milhões estimado para a reconstrução do Mané Garrincha, em Brasília, afora o custo da iluminação e do gramado. Seria de morrer de rir, não fosse a triste realidade de continuar em pranto pelos que morreram sem, sequer, poder chorar.
Reprodução/Div.
É que reconstruir Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Itaipava, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro, Areal, Tres Rios, Bom Jardim, Duas Barras, a região Serrana como um todo, não tem a prioridade, nem a mesma importância, ou a mesma urgência que aprontar estádios para a Copa do Mundo de 2014.
Um governo que se preze, um País que tenha consciência, que tenha as duas coisas - amor próprio e alma - não troca a paixão ao futebol pelo amor ao próximo. Até porque, o próximo, é ele próprio.
Certo? Nem tanto. A Gávea estava em festa por Ronaldinho Gaúcho no dia em que a enchurrada começava a riscar a serra carioca do mapa. O Botafogo celebrou, neste domingo (16) em ritmo de samba e folia, o seu novo time para este promissor ano de 2011. E, porque a vida não pára, o domingo foi de futebol. Em canal aberto ou paper-view.
Um governo que se preze e um país que tenha espirito de solidariedade, não poderia admitir - em tempo nenhum de sua História, que um só tijolo fosse colocado numa obra sequer de reconstrução de um estádio "porque a Copa do Mundo vem aí", antes que as cidades da região Serrana do Rio fossem reerguidas de cada um de seus escombros e trazidas de volta à vida "porque o Brasil é um país sério".
Replay, para que não haja dúvida: nenhum tijolo, antes da vida voltar ao normal nas cidades destruídas pela hecatombe que desmorona o Brasil de todos os gentílicos - cariocas, mineiros, gaúchos, nordestinos.
A Copa do Mundo é nossa? Então, com o Brasil não há quem possa... Eeêta esquadrãode ouro! Sobram dinheiro e bondade nas burras públicas para essa irreversível comoção mundial da bola, como sobrarão dinheiro e bondade para os Jogos de 2016, tão inadiáveis quanto a promoção da Fifa - entidade superior que, com a seleção de empresas nacionais que estiverem envolvidas com a Copa.
Pelo conjunto da obra, elas - a Fifa e as empresas - serão agraciadas com uma isenção fiscal que, nessa corrida do ouro, ultrapassa a cifra de R$ 1 bilhão e 200 milhões em impostos que deixarão de ser recolhidos aos cofres governamentais.
Do jeito que, até aqui, os governos tem levado as catástrofes naturais na esportiva, pelo mundo do direito e da justiça, a reconstrução de cidades e regiões atingidas pelas tragédias que se repetem em efeito cascata pelo Brasil, por jurisprudência ou macabra isonomia, deveriam merecer a mesma atenção, o mesmo dinheiro, o mesmo selo de bondade, a mesma comovente solidariedade do governo.
Alguém já sabe qual o nível de isenção fiscal que será concedido às empresas encarregadas, desde já, a reerguer cidades cobertas pelas avalanches desnaturadas? Decerto, não; ninguém ouviu falar, posto que ninguém disse nada a respeito até agora.
Foi em meados do ano passado que o então presidente Luís Inácio Lula da Silva instituiu, por medida provisória (MP), a desoneração de impostos federais para as obras dos estádios da Copa de 2014. A isenção atendeu a pedidos dos comitês executivos locais das cidades-sede. A medida provisória, versão modernizada do velho AI-5, foi criada para reduzir consideralvelmente o custo das obras.
Pelo texto presidencial ficou definido que as empresas habilitadas pelo Ministério do Esporte serão desoneradas de PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Importação (II) de materiais, bens e serviços.
De acordo com levantamento da Agência Brasil - órgão oficial do governo, a renúncia fiscal poderia atingir R$ 35 milhões em 2010 e R$ 350 milhões até 2014. A medida entrou em vigor em 28 de agosto de 2010 e vai vigorar até 30 de junho de 2014.
Em maio do ano que já foi, o Congresso aprovou dois projetos de lei que isentam os parceiros comerciais e de transmissão televisiva da Fifa de impostos vinculados à realização da Copa. Estimativa do Ministério do Esporte sinaliza que o governo deixará de arrecadar R$ 900 milhões por meio dessa medida. Em contrapartida, o evento poderia gerar R$ 10 bilhões em impostos, segundo a mesma pasta com alça.
Então, pronto! É só o governo Dilma baixar, à imagem e semelhança do seu antecessor, uma MP idêntica, sem tirar nem pôr. Isso sim faria do gesto de Lula, uma "herança bendita".
Bolas, não se trata de emoção. É coisa de razão. Fala-se de uma nação. O Brasil está se desmanchando sob o jugo da inversão de valores. O futebol parece valer mais que a vida. A relação de insensibilidade humana não é só dos que desejam muito mais um novo Maracanã do que uma região Serrana renascida; muito mais novas arenas para suas descontraídas olas, do que a velha e pesada tarefa de recuperar cidades demolidas pela insensatez do homem, antes, bem antes que "pelas chuvas". A insensibilidade é de ordem oficial. Só não pode virar cultura nacional.
Dito assim, tudo leva a crer que não faltará dinheiro aos borbotões para estádios reerguidos das cinzas, ressurgidos das brumas, pelo Brasil afora, aos quatro cantos e todos os ventos. Parece até que hoje não há 81 cidades em estado de emergência, beirando a calamidade pública nas Minas Gerais... E quanto vai custar o novo palco iluminado dos mineiros para a Copa?... Uma Teresópolis, uma Petropólis, ou só uma Itaipava?!?
O quié isso, companheiro? Esses números dizem respeito apenas à restauração, reconstrução ou coisa parecida de estádios. É assunto privado. O público e notório, não se iludam, vai gastar um dinheirão tão grande e tão mais perdulário com as chamadas "obras do entorno" - para dar infraestrura que viabilize copa e jogos de cozinha até 2016. Então se é assim para o esporte, que assim o seja também para a qualidade de vida das cidades e para o bem de todos e felicidade geral da nação.
Angra/ 1 janeiro, 2010/Reprodução-TV Globo
Parece até que a Grande São Paulo não está cercada de transbordantes e revoltosos rios Tietês e que precisa muito mais de um Coringão, um Morumbyzão ou coisa que o valha, do que vencer de virada o jogo da igualdade social, da qualidade de vida desse bocado enorme do Brasil que não pode parar. Quanto custa um estádio paulistano a mais do que o renascimento da zona da serra no Rio?... Uma Nova Friburgo e suas adjascências, ou toda a região agora devastada?!?
Parece até que a missa de 7° Dia já apagou da memória os mortos da tragédia que soterrou Angra dos Reis, a quem o governo deve até hoje - segundo constatou outro dia o site Contas Abertas - os R$ 30 milhões que prometeu há mais de um ano.
Pensar, apenas pensar mesmo que de leve, em realizar uma Copa do Mundo daqui a tres anos no Brasil e, na esteira do maior espírito esportivo promover as Olimpíadas de 2016 é mostrar o quanto um governo e seus penduricalhos, os donos do esporte, os cartolas de todos os perfís e dimensões, não correm perigo nessa grande aventura que é a vida. É esfregar na cara de uma nação a diferença real e oceânica entre os que podem e os que se sacodem nesse Brasil esportivo dominado por aquilo que Lula da Silva, durante oito anos, definiu como elite.
Já que eles vivem noutro mundo, então que organizem a Copa de 2014 lá nos canfundós do Judas, ou onde o diabo perdeu as botas - lugares de jardins, maçãs e serpentes, onde não há um país afundando em lama; onde não há uma nação sendo soterrada pelo deslizamento da indiferença, da insensibilidae, da desumanidade que, ao invés de recontruir cidades, prefere remodelar estádios. Façam a Copa por lá. E os Jogos também. A menos que não haja uma única cidade em ruínas no Brasil.
RODAPÉ - O Brasil da incúria, aquele que vai reerguer estádios ao invés de reconstruir cidades, terá 12 sedes: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife, Natal, Fortaleza, Salvador, Manaus. E o estádio Mané Garrincha, de Brasília ainda está na rebarba para ser o palco de abertura dessa Copa na Lama. Como é que pode, uma banda social tão estreita, enlamear e soterrar a consciência de uma nação com mais de 190 milhões de pessoas?!?... O brasileiro vive um apartheid e não se dá conta. Em 2014 a África do Sul vai ser aqui.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Dia útil na Gávea
Reprodução/Futura Press
Gávea lotada para ver a apresentação oficial de Ronaldinho Gaúcho como, digamos, jogador do Flamengo. A torcida rubro-negra como se vê é pura Bolsa-Família. Ou então, hoje não é 12 de janeiro, quarta-feira, um dia útil para quem tem mais o que fazer nesse País.
PRIMEIRA DO MENGO - Dilma pode ter sido a primeira-mulher em tudo nesses últimos oito anos, só não foi a primeira-mulher- presidenta do Flamengo.
TUDO ANDA BEM - Ronaldinho chegou ao palco de sua apresentação na Gávea andando da melhor maneira que podia, cercado de seguranças e papagaios-de-pirata. O otimismo da torcida redobrou. Como Ronaldinho Gaúcho caminha bem vestindo a camisa do Flamengo!
SEU BONECO - Não é nada, não é nada, com aquelas bermudas chambonas e a barriga de chope em cima do palco, Ronaldinho parecia que ia interpretar o "Seu Boneco" - figuraça dos programas de Chico Anísio que, ao final de cada manifestação, corria pra galera.
TIM MAIA - Dirigentes do Gremio e do Palmeiras acham que, guardadas as devidas proporções, Assis é o Tim Maia do futebol: às vezes, ele mente.
PEGOU MAL - O abraço afetuoso de Ronaldinho em Patrícia Amorim encantou a galera. Já o apertão de Vagner Love, pegou mal para a primeira-presidenta do Flamengo. O papagaio Love quis deixar a impressão de que Patrícia Amorim poderia perdoar, a qualquer momento, uma fugida de Ronaldinho a uma daquelas festas na Mangueira.
FALHA NA SEGURANÇA - A grande falha do policiamento na festa de apresentação de Ronaldinho foi não trancafiar Vagner Love e Ivo Meireles, o presidente da Mangueira. Os dois passaram o tempo todo querendo roubar o espetáculo.
O NOME DO JOGO - Depois do leilão, o Brasil inteiro já sabe o nome completo de Ronaldinho Gaúcho: Ronaldo do Assis Moreira.
SEM MOTIVO - Na entrevista coletiva de Ronaldinho é que se viu que não havia qualquer motivo para a mídia esportiva estar tiririca da vida com a tentativa de filtragem da conversa com o atleta. As perguntas que os repórteres fizeram com plena liberdade foram tão inocentes, que poderiam ser feitas sob a mais severa censura de todos os tempos.
A FIM DE QUÊ?!? - Algo não batia bem na coletiva de Ronaldinho. Todos os repórteres, sem exceção, queriam saber se ele veio para o Flamengo para jogar futebol.
AFETO E CARINHO - Nuncanahistoriadoflamengo um presidente recebeu tanto abraço com tamanho afeto e carinho.
Censurados adoram censores
A imprensa esportiva está tiririca da vida porque teve que enviar com antecedência as perguntas que deve fazer hoje ao Ronaldinho Gaúcho, na espetaculosa celebração de sua chegada à Gávea.
A imprensa merece. Bastaria não ir à essa fuzarca toda, em torno de um craque em fim de carreira que, é mais uma vitrine que um jogador.
É só não ir lá, não dar bola pra ele e pronto, acabou a exposição do produto. Sai da prateleira e ninguém vai comprar camiseta, chaveirinho, gibi, tênis, chuteira e, muito menos, aquela bandana horrorosa com o desenho de um bumerangue.
A filtragem imposta à curiosidade dos repórteres faz sentido. A turma do Assis se espelhou na banda do Luiz Felipe Scolari. O técnico do Palmeiras proibiu os jogadores de falar e, como é extremamente dadivoso e magnânimo, concedeu à mídia a grande honra de entrevistar apenas o próprio Felipão.
Se lhe tivessem dado uma banana, ninguém ia notar nenhuma diferença na campanha porca que fez o Palmeiras; não notaria bulhufas no futebol de segunda categoria do time e, muito menos, veria a imprensa desempenhar o triste e rastejante papel de lambe-botas de um treinador que não ganha um título há mais de cinco anos.
É como já dizia o avô do Garanhão de Pelotas: - Quem dá muito fica largo.
A imprensa merece. Bastaria não ir à essa fuzarca toda, em torno de um craque em fim de carreira que, é mais uma vitrine que um jogador.
É só não ir lá, não dar bola pra ele e pronto, acabou a exposição do produto. Sai da prateleira e ninguém vai comprar camiseta, chaveirinho, gibi, tênis, chuteira e, muito menos, aquela bandana horrorosa com o desenho de um bumerangue.
A filtragem imposta à curiosidade dos repórteres faz sentido. A turma do Assis se espelhou na banda do Luiz Felipe Scolari. O técnico do Palmeiras proibiu os jogadores de falar e, como é extremamente dadivoso e magnânimo, concedeu à mídia a grande honra de entrevistar apenas o próprio Felipão.
Se lhe tivessem dado uma banana, ninguém ia notar nenhuma diferença na campanha porca que fez o Palmeiras; não notaria bulhufas no futebol de segunda categoria do time e, muito menos, veria a imprensa desempenhar o triste e rastejante papel de lambe-botas de um treinador que não ganha um título há mais de cinco anos.
É como já dizia o avô do Garanhão de Pelotas: - Quem dá muito fica largo.
GARANTIA - Na festa da chegada de Ronaldinho ao sol e às praias do Rio de Janeiro, uma surpresa: surgem rumores de que Vanderlei Luxemburgo vai querer aumento de salário. É que, com Ronaldinho em campo, o técnico do Flamengo não tem mais desculpas.
A ESCALAÇÃO - Com a grana que transfere para os cofres do rubro-negro, Ronaldinho vai acabar escalando Luxemburgo como técnico do Flamengo.
CIÚME - Qual o ego que está mais enciumado: o de Lula, com a projeção de Dilma, ou o de Luxemburgo, com o cartaz de Ronaldinho?!?
A ESCALAÇÃO - Com a grana que transfere para os cofres do rubro-negro, Ronaldinho vai acabar escalando Luxemburgo como técnico do Flamengo.
CIÚME - Qual o ego que está mais enciumado: o de Lula, com a projeção de Dilma, ou o de Luxemburgo, com o cartaz de Ronaldinho?!?
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Lá vai o Ganso
O que era de temer aconteceu: o Santos gelou Paulo Henrique Ganso. Com isso, o futebol brasileiro está perdendo um dos mais talentosos e eficazes craques dos últimos tempos.
É capaz de carregar um time nas costas, mesmo quando esse time tenha Neymar, Robinho, Wesley, André, Arouca... O Santos não sabe o que está perdendo.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Ora bolas!
Reprodução/foto-AFP
Marta abusou. Pela quinta vez é eleita a melhor do mundo. Pena que a Fifa não apita nada nas eleições do País do Futebol. Aqui, o povo elegeu Dilma.
Marta é o Messi do futebol feminino. Ele tem emprego garantido; ela prova que fuitebol é pra homem: "preciso arrumar um time para jogar".
E o Flamengo elegeu Ronaldinho Gaúcho. Aqui, o craque aparece envergando a jaqueta do Milan com listras horizontais.
Pronto, era o que o futebol carioca mais queria: Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Flamengo, em listras verticais.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
O Destino de Ronaldinho
Agora que o Milan já liberou Ronaldinho Gaúcho para a negociação - menos para clubes italianos - está desvendado o mistério: ele vai para o... Cosmos, de Nova Iorque.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Escapamos de Dunga
Vicente del Bosque, treinador da seleção de futebol da Espanha, foi eleito o "melhor técnico nacional do mundo" pela Federação Internacional de Estatísticas do Futebol em 2010. Dunga ficou na nona colocação.
Isso quer dizer que, se Dunga continuasse como técnico da Seleção, o Brasil não chegaria sequer às oitavas de final da Copa de 2014. Também não significa dizer que, com Mano Menezes, o Brasil vá muito além disso mesmo.
Isso quer dizer que, se Dunga continuasse como técnico da Seleção, o Brasil não chegaria sequer às oitavas de final da Copa de 2014. Também não significa dizer que, com Mano Menezes, o Brasil vá muito além disso mesmo.
Futebol de Mulheres
Pois, então, rola um torneio internacional interclubes de futebol feminino, no Brasil. E as sereias do Santos já chegam de braçada a mais um título. É, na verdade uma competição tipo romance de coelho:
- Vai ser bom... não foi?!?
No primeiro jogo, Flamengo e Palmeiras empataram. Isso, só facilitou as coisas para as garotas da Vila. Mas, vamos ao que interessa.
O Santos enfrentou a Uema, uma equipe da Suécia. Deu de 4 a 2, mas poderia ter dado mais. As meninas santistas estavam sem, digamos, apetite. Não chegavam às bolas com a devida volúpia.
As suecas, por sua vez, dada a sua fama internacional, não se mostraram como todo mundo esperava.
A partida começou fácil: 1 a 0 logo no primeiro minuto de jogo. Suzana aproveitou-se do pecado da goleirinha da Suécia e enfiando a perna direita, consumou o ato.
Aí, Marta começou a rebolar. Mostrou mais jogo de cintura do que Neymar e qualquer outro garoto da Vila. No meio de campo Dani era o próprio cabelo do Arouca; era o Arouca, sem tirar nem pôr, até nos passes que errava. Sua companheira de armação metia os peitos a Ganso.
Lá pelas tantas, depois de um golaço de Marta - a voluptuosa, Maurine, ala direita, deu uma de Petkovic e meteu um gol olímpico. A outra lateral do Santos foi para o sacrifício, seu penteado era uma verdadeira coroa de espinhos.
No futebol feminino há duas verdades líquidas e certas: goleira não sabe sair do gol e atacante não sabe cabecear. Outra verdade, mas sobre a qual ainda há controvérsias: os lançamentos de 30 metros não passam de 25.
Chovia que Deus mandava. Ele é mesmo brasileiro. A partida ficou linda de se ver. As camisetas molhadas levavam as garotas a mostrar mais que jogo de bola... Foi então que se viu que futebol de mulher é pra homem. Mas, aí, a chuva parou. A emoção dos narradores, também.
Ia quase tudo muito bem quando, aos 20 minutos ainda do primeiro tempo,| a atacante sueca Petterson, mostrou tudo o que tinha. No bom sentido: fez o primeiro gol da Suécia.
O que se notou foi que aquele gol olímpico da Maurine fez mal ao time do Santos. Qualquer escanteio parecia penalti: todo mundo queria bater. Sem mais delongas, ao 48' a árbitra, uma pequenota toda socadinha, termina a primeira fase.
Sabe lá o que se passou pela cabeça dele, mas no intervalo, o treinador do Santos deveria estar pensando em alguma outra coisa, menos em futebol. As sereias voltaram meio desencantadas para o compromisso do segundo tempo.
É sempre um perigo quando o técnico de uma equipe de mulheres, querendo garantir o resultado, diz que é para se defenderem com unhas e dentes.
Vai daí que, a beleza do futebol santista, saiu arranhada: as suecas fizeram o segundo gol. Pronto, de 3 a 0 a coisa já estava se transformando numa saia justa: 3 a 2.
Uma das vantagens para o torcedor no futebol de mulheres é que, em caso de contusões leves, dá gosto vê-las baixando as meias... Mas isso é só um detalhe. Há lances melhores: uma distensãozinha na virilha, por exemplo.
Quando as sereias já estavam vendo a coisa preta, a goleirinha sueca mostrou toda a sua feminilidade: ao invés de engolir um frango, preferiu levar um peru e, perdoem a força da expressão, bem pelo meio das pernas.
Assim foi que o trio de arbitragem encerrou o jogo, Santos 4 a 2 Uema. A propósito, aquele trio de arbitragem bem que poderia ir apitar mal... lá em casa.
- Vai ser bom... não foi?!?
No primeiro jogo, Flamengo e Palmeiras empataram. Isso, só facilitou as coisas para as garotas da Vila. Mas, vamos ao que interessa.
O Santos enfrentou a Uema, uma equipe da Suécia. Deu de 4 a 2, mas poderia ter dado mais. As meninas santistas estavam sem, digamos, apetite. Não chegavam às bolas com a devida volúpia.
As suecas, por sua vez, dada a sua fama internacional, não se mostraram como todo mundo esperava.
A partida começou fácil: 1 a 0 logo no primeiro minuto de jogo. Suzana aproveitou-se do pecado da goleirinha da Suécia e enfiando a perna direita, consumou o ato.
Aí, Marta começou a rebolar. Mostrou mais jogo de cintura do que Neymar e qualquer outro garoto da Vila. No meio de campo Dani era o próprio cabelo do Arouca; era o Arouca, sem tirar nem pôr, até nos passes que errava. Sua companheira de armação metia os peitos a Ganso.
Lá pelas tantas, depois de um golaço de Marta - a voluptuosa, Maurine, ala direita, deu uma de Petkovic e meteu um gol olímpico. A outra lateral do Santos foi para o sacrifício, seu penteado era uma verdadeira coroa de espinhos.
No futebol feminino há duas verdades líquidas e certas: goleira não sabe sair do gol e atacante não sabe cabecear. Outra verdade, mas sobre a qual ainda há controvérsias: os lançamentos de 30 metros não passam de 25.
Chovia que Deus mandava. Ele é mesmo brasileiro. A partida ficou linda de se ver. As camisetas molhadas levavam as garotas a mostrar mais que jogo de bola... Foi então que se viu que futebol de mulher é pra homem. Mas, aí, a chuva parou. A emoção dos narradores, também.
Ia quase tudo muito bem quando, aos 20 minutos ainda do primeiro tempo,| a atacante sueca Petterson, mostrou tudo o que tinha. No bom sentido: fez o primeiro gol da Suécia.
O que se notou foi que aquele gol olímpico da Maurine fez mal ao time do Santos. Qualquer escanteio parecia penalti: todo mundo queria bater. Sem mais delongas, ao 48' a árbitra, uma pequenota toda socadinha, termina a primeira fase.
Sabe lá o que se passou pela cabeça dele, mas no intervalo, o treinador do Santos deveria estar pensando em alguma outra coisa, menos em futebol. As sereias voltaram meio desencantadas para o compromisso do segundo tempo.
É sempre um perigo quando o técnico de uma equipe de mulheres, querendo garantir o resultado, diz que é para se defenderem com unhas e dentes.
Vai daí que, a beleza do futebol santista, saiu arranhada: as suecas fizeram o segundo gol. Pronto, de 3 a 0 a coisa já estava se transformando numa saia justa: 3 a 2.
Uma das vantagens para o torcedor no futebol de mulheres é que, em caso de contusões leves, dá gosto vê-las baixando as meias... Mas isso é só um detalhe. Há lances melhores: uma distensãozinha na virilha, por exemplo.
Quando as sereias já estavam vendo a coisa preta, a goleirinha sueca mostrou toda a sua feminilidade: ao invés de engolir um frango, preferiu levar um peru e, perdoem a força da expressão, bem pelo meio das pernas.
Assim foi que o trio de arbitragem encerrou o jogo, Santos 4 a 2 Uema. A propósito, aquele trio de arbitragem bem que poderia ir apitar mal... lá em casa.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
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