quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Que bolão!

O Ronaldo Fenomeno joga mais parado que o Romário quando andava atrás do milésimo gol.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Depois de 4h36 de jogo, o brasileiro Thomaz Bellucci é eliminado por Jan Hernych do Aberto da Austrália. Impressionante a evolução de Bellucci depois que Larri Passos é seu treinador. Agora o sucessor de Guga já demora muito mais para perder os jogos.

Plano para erradicar pobreza põe em cheque reforma agrária. Grandes coisas. Esse cheque é pré-datado há mais de oito anos.

É como dizia outro dia um ganhador de bolsa-família: - Já que não tenho nada pra fazer, vou me juntar ao MST.

Deu no Estadão: ONG americana vai questionar Rio sobre logomarca
Fundação quer receber esclarecimentos sobre o trabalho por causa da suspeita de plágio.
Quem levantou a bola nesse jogo entre COB e Telluride Foundation foi o Blog do Cruz (http://blogdocruz.blog.uol.com.br/).

Caiu na rede: Lula deve ir ao Fórum Social Mundial, dizem organizadores. Grandes coisas, os pobres coitados que não são da elite vive comparecendo aos Foruns de suas cidades, respondendo a processos porque não conseguem pagar suas contas...


WikiLeaks: Heráclito Fortes quis armar País contra Venezuela. Bobagem desnecessária, Hugo Chávez já está armado e se encarrega ele mesmo de acabar com a própria nação.

Chuvas como a do RJ ocorrem apenas a cada 350 anos, diz Inea. Ah bom, então os cariocas estão salvos. Agora todos sabem que vem aí bom tempo.

Para polícia, Abdelmassih está escondido no interior de SP. Bolas, o que interessa é o endereço dele. Há uma boa dezena de suas antigas pacientes que já não aguentam mais de saudade.

Suíços de Fribourg enviam ajuda para 'primos brasileiros'. São os primos ricos.

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A promessa que não surge no Brasil

Nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália-2000 o Brasil não conquistou nenhuma medalha de ouro, conseguiu seis de prata e seis de bronze. Ficou na 52ª posição no ranking internacional olímpico.

Em Atenas, Grécia-2004 o Brasil abocanhou 16 medalhas de ouro, 22 de prata e 38 de bronze. Alcançou assim o 38° lugar na classificação mundial.

Na Olimpíada de Pequim-2008, o Brasil ganhou tres medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze e ostenta a 23ª posição no ranking oficial do Comitê Olímpico Internacional.

O que foi que aconteceu com o esporte de alto rendimento no Brasil nessa maratona de 10 anos de Olimpíadas? Já se vê... Mas é bom que se vá por partes. Segundo o IBGE a população brasileira em 2000 era de 136 milhões de pessoas.

Hoje, ainda que o IBGE não tenha conseguido concluir o recenseamento de 2010, o Brasil tem mais de 194 milhões de habitantes.

Uma década depois de Sydney, nasceram no Brasil nada mais, nada menos do que 58 milhões de pessoas. Isso equivale à população de quase dois países com a população da Argentina e, pelo menos, uma dúzia de Uruguais.

Pelo visto, nenhum desses mais de 58 milhões de novos brasileiros traz o gene, o selo, o carimbo do herói olímpico. O esporte de alto rendimento, seja qual for a modalidade, não é genético. Do contrário, o filho do Rivelino teria uma patada atômica como ele tinha; o herdeiro de Pelé não iria jogar no gol; a filha da Hortênsia nasceria com a cara de um aro de basquete; o primogênito de Oscar já chegaria ao mundo com a mão santa.

O medalhista olímpico, o derrubador de pódiuns não nasce com ouro, prata ou bronze nas veias. Ele precisa ser inoculado com doses permanentes de incentivo e preparação técnica e científica; doses aviadas com base em uma política de formação esportiva sistemática e organizada. No Brasil, ninguém morre dessa cura. Esse é o mal.


Quem está nos devendo esse saneamento básico no mundo esportivo é o Comitê Olímpico Brasileiro. O COB é a entidade máxima do esporte no Brasil. O Comitê existe para "representar o Olimpismo e difundir o ideal olímpico no território brasileiro". Presidido por Carlos Arthur Nuzman, o COB se orgulha de organizar o Prêmio Brasil Olímpico, que premia, com pompa e circunstância, "os melhores atletas" do Brasil no ano.

É o COB que nos deve o título de uma das p´rimeiras e maiores potências mundiais olímpicas porque, nos últimos dez anos, pulamos de 136 milhões para 194 milhões de habitantes. Somos - além dos mais antigos - 58 milhões de novos brasileiros para disputar 28 esportes nos Jogos de 2016. Considerados os 194 milhões, seriam 7 milhões de prováveis candidatos para cada esporte; no terreno olímpico, mais de 2 milhões de eventuais novos atletas por modalidade olímpica. Mas esse é o único tipo de promessa que não surge no Brasil.

RODAPÉ - Para que a carga não fique tão pesada nas costas do Nuzman e seu Comitê, é bom começar a cobrar a participação de quem usa fraque e cartola nas confederações das modalidades que integram o programa olímpico: Confederação Brasileira de Atletismo / Confederação Brasileira de Badminton / Confederação Brasileira de Basketball / Confederação Brasileira de Boxe / Confederação Brasileira de Canoagem / Confederação Brasileira de Ciclismo / Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos / Confederação Brasileira de Desportos na Neve / Confederação Brasileira de Desportos no Gelo / Confederação Brasileira de Esgrima / Confederação Brasileira de Futebol / Confederação Brasileira de Ginástica / Confederação Brasileira de Golfe / Confederação Brasileira de Handebol / Confederação Brasileira de Hipismo / Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor / Confederação Brasileira de Judô / Confederação Brasileira de Levantamento de Peso / Confederação Brasileira de Lutas Associadas / Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno / Confederação Brasileira de Remo / Confederação Brasileira de Rugby / Confederação Brasileira de Taekwondo / Confederação Brasileira de Tênis / Confederação Brasileira de Tênis de Mesa / Confederação Brasileira de Tiro com Arco / Confederação Brasileira de Tiro Esportivo / Confederação Brasileira de Triathlon / Confederação Brasileira de Voleibol / Confederação Brasileira de Vela e Motor.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Uma Copa na Lama

Reprodução/Vicente Seda-Div
Não é nada, não é nada, a verba de R$ 780 milhões anunciada pelo governo Dilma  para a reconstrução das cidades soterradas "pelas chuvas" na região Serrana do Rio de Janeiro, não é nada mesmo.

A doação não chega nem a fazer cócegas no valor de R$ 750 milhões estimado para a reconstrução do Mané Garrincha, em Brasília, afora o custo da iluminação e do gramado. Seria de morrer de rir, não fosse a triste realidade de continuar em pranto pelos que morreram sem, sequer, poder chorar.


Reprodução/Div.
É que reconstruir Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Itaipava, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro, Areal, Tres Rios, Bom Jardim, Duas Barras, a região Serrana como um todo, não tem a prioridade, nem a mesma importância, ou a mesma urgência que aprontar estádios para a Copa do Mundo de 2014.


Um governo que se preze, um País que tenha consciência, que tenha as duas coisas - amor próprio e alma - não troca a paixão ao futebol pelo amor ao próximo. Até porque, o próximo, é ele próprio.

Certo? Nem tanto. A Gávea estava em festa por Ronaldinho Gaúcho no dia em que a enchurrada começava a riscar a serra carioca do mapa. O Botafogo celebrou, neste domingo (16) em ritmo de samba e folia, o seu novo time para este promissor ano de 2011. E, porque a vida não pára, o domingo foi de futebol. Em canal aberto ou paper-view.


Um governo que se preze e um país que tenha espirito de solidariedade, não poderia admitir - em tempo nenhum de sua História, que um só tijolo fosse colocado numa obra sequer de reconstrução de um estádio "porque a Copa do Mundo vem aí", antes que as cidades da região Serrana do Rio fossem reerguidas de cada um de seus escombros e trazidas de volta à vida "porque o Brasil é um país sério".

Replay, para que não haja dúvida: nenhum tijolo, antes da vida voltar ao normal nas cidades destruídas pela hecatombe que desmorona o Brasil de todos os gentílicos - cariocas, mineiros, gaúchos, nordestinos.

A Copa do Mundo é nossa? Então, com o Brasil não há quem possa... Eeêta esquadrãode ouro! Sobram dinheiro e bondade nas burras públicas para essa irreversível comoção mundial da bola, como sobrarão dinheiro e bondade para os Jogos de 2016, tão inadiáveis quanto a promoção da Fifa - entidade superior que, com a seleção de empresas nacionais que estiverem envolvidas com a Copa.

Pelo conjunto da obra, elas - a Fifa e as empresas - serão agraciadas com uma isenção fiscal que, nessa corrida do ouro, ultrapassa a cifra de R$ 1 bilhão e 200 milhões em impostos que deixarão de ser recolhidos aos cofres governamentais.

Do jeito que, até aqui, os governos tem levado as catástrofes naturais na esportiva, pelo mundo do direito e da justiça, a reconstrução de cidades e regiões atingidas pelas tragédias que se repetem em efeito cascata pelo Brasil, por jurisprudência ou macabra isonomia, deveriam merecer a mesma atenção, o mesmo dinheiro, o mesmo selo de bondade, a mesma comovente solidariedade do governo.

Alguém já sabe qual o nível de isenção fiscal que será concedido às empresas encarregadas, desde já, a reerguer cidades cobertas pelas avalanches desnaturadas? Decerto, não; ninguém ouviu falar, posto que ninguém disse nada a respeito até agora.
Foi em meados do ano passado que o então presidente Luís Inácio Lula da Silva instituiu, por medida provisória (MP), a desoneração de impostos federais para as obras dos estádios da Copa de 2014. A isenção atendeu a pedidos dos comitês executivos locais das cidades-sede. A medida provisória, versão modernizada do velho AI-5, foi criada para reduzir consideralvelmente o custo das obras.


Pelo texto presidencial ficou definido que as empresas habilitadas pelo Ministério do Esporte serão desoneradas de PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Importação (II) de materiais, bens e serviços.

De acordo com levantamento da Agência Brasil - órgão oficial do governo, a renúncia fiscal poderia atingir R$ 35 milhões em 2010 e R$ 350 milhões até 2014. A medida entrou em vigor em 28 de agosto de 2010  e vai vigorar até 30 de junho de 2014.

Em maio do ano que já foi, o Congresso aprovou dois projetos de lei que isentam os parceiros comerciais e de transmissão televisiva da Fifa de impostos vinculados à realização da Copa. Estimativa do Ministério do Esporte sinaliza que o governo deixará de arrecadar R$ 900 milhões por meio dessa medida. Em contrapartida, o evento poderia gerar R$ 10 bilhões em impostos, segundo a mesma pasta com alça.

Então, pronto! É só o governo Dilma baixar, à imagem e semelhança do seu antecessor, uma MP idêntica, sem tirar nem pôr. Isso sim faria do gesto de Lula, uma "herança bendita".


Bolas, não se trata de emoção. É coisa de razão. Fala-se de uma nação. O Brasil está se desmanchando sob o jugo da inversão de valores. O futebol parece valer mais que a vida. A relação de insensibilidade humana não é só dos que desejam muito mais um novo Maracanã do que uma região Serrana renascida; muito mais novas arenas para suas descontraídas olas, do que a velha e pesada tarefa de recuperar cidades demolidas pela insensatez do homem, antes, bem antes que "pelas chuvas". A insensibilidade é de ordem oficial. Só não pode virar cultura nacional.


Dito assim, tudo leva a crer que não faltará dinheiro aos borbotões para estádios reerguidos das cinzas, ressurgidos das brumas, pelo Brasil afora, aos quatro cantos e todos os ventos. Parece até que hoje não há 81 cidades em estado de emergência, beirando a calamidade pública nas Minas Gerais... E quanto vai custar o novo palco iluminado dos mineiros para a Copa?... Uma Teresópolis, uma Petropólis, ou só uma Itaipava?!?

O quié isso, companheiro? Esses números dizem respeito apenas à restauração, reconstrução ou coisa parecida de estádios. É assunto privado. O público e notório, não se iludam, vai gastar um dinheirão tão grande e tão mais perdulário com as chamadas "obras do entorno" - para dar infraestrura que viabilize copa e jogos de cozinha até 2016. Então se é assim para o esporte, que assim o seja também para a qualidade de vida das cidades e para o bem de todos e felicidade geral da nação.

Angra/ 1 janeiro, 2010/Reprodução-TV Globo
Parece até que a Grande São Paulo não está cercada de transbordantes e revoltosos rios Tietês e que precisa muito mais de um Coringão, um Morumbyzão ou coisa que o valha, do que vencer de virada o jogo da igualdade social, da qualidade de vida desse bocado enorme do Brasil que não pode parar.


Quanto custa um estádio paulistano a mais do que o renascimento da zona da serra no Rio?... Uma Nova Friburgo e suas adjascências, ou toda a região agora devastada?!?


Parece até que a missa de 7° Dia já apagou da memória os mortos da tragédia que soterrou Angra dos Reis, a quem o governo deve até hoje - segundo constatou outro dia o site Contas Abertas - os R$ 30 milhões que prometeu há mais de um ano.


Pensar, apenas pensar mesmo que de leve, em realizar uma Copa do Mundo daqui a tres anos no Brasil e, na esteira do maior espírito esportivo promover as Olimpíadas de 2016 é mostrar o quanto um governo e seus penduricalhos, os donos do esporte, os cartolas de todos os perfís e dimensões, não correm perigo nessa grande aventura que é a vida. É esfregar na cara de uma nação a diferença real e oceânica entre os que podem e os que se sacodem nesse Brasil esportivo dominado por aquilo que Lula da Silva, durante oito anos, definiu como elite.


Já que eles vivem noutro mundo, então que organizem a Copa de 2014 lá nos canfundós do Judas, ou onde o diabo perdeu as botas - lugares de jardins, maçãs e serpentes, onde não há um país afundando em lama; onde não há uma nação sendo soterrada pelo deslizamento da indiferença, da insensibilidae, da desumanidade que, ao invés de recontruir cidades, prefere remodelar estádios. Façam a Copa por lá. E os Jogos também. A menos que não haja uma única cidade em ruínas no Brasil.


RODAPÉ - O Brasil da incúria, aquele que vai reerguer estádios ao invés de reconstruir cidades, terá 12 sedes: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife, Natal, Fortaleza, Salvador, Manaus. E o estádio Mané Garrincha, de Brasília ainda está na rebarba para ser o palco de abertura dessa Copa na Lama. Como é que pode, uma banda social tão estreita, enlamear e soterrar a consciência de uma nação com mais de 190 milhões de pessoas?!?... O brasileiro vive um apartheid e não se dá conta. Em 2014 a África do Sul vai ser aqui.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Trem

Reprodução/Div
Flamengo prevê R$ 200 milhões em retorno de marketing. Essa é a estimativa de ganhos do rubro-negro carioca com Ronaldinho Gaúcho. Então, está provado: Ronaldinho não é um bonde; é um trem pagador.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cariucho

Pronto, Ronaldinho é o velho menino do Rio. Já virou Ronaldinho Cariucho. Que ninguém se iluda, ele parece mais carioca do que Flamengo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dia útil na Gávea

Reprodução/Futura Press
Gávea lotada para ver a apresentação oficial de Ronaldinho Gaúcho como, digamos, jogador do Flamengo. A torcida rubro-negra como se vê é pura Bolsa-Família. Ou então, hoje não é 12 de janeiro, quarta-feira, um dia útil para quem tem mais o que fazer nesse País.

PRIMEIRA DO MENGO - Dilma pode ter sido a primeira-mulher em tudo nesses últimos oito anos, só não foi a primeira-mulher- presidenta do Flamengo.

TUDO ANDA BEM - Ronaldinho chegou ao palco de sua apresentação na Gávea andando da melhor maneira que podia, cercado de seguranças e papagaios-de-pirata. O otimismo da torcida redobrou. Como Ronaldinho Gaúcho caminha bem vestindo a camisa do Flamengo!

SEU BONECO - Não é nada, não é nada, com aquelas bermudas chambonas e a barriga de chope em cima do palco, Ronaldinho parecia que ia interpretar o "Seu Boneco" - figuraça dos programas de Chico Anísio que, ao final de cada manifestação, corria pra galera. 

TIM MAIA - Dirigentes do Gremio e do Palmeiras acham que, guardadas as devidas proporções, Assis é o Tim Maia do futebol: às vezes, ele mente.


PEGOU MAL - O abraço afetuoso de Ronaldinho em Patrícia Amorim encantou a galera. Já o apertão de Vagner Love, pegou mal para a primeira-presidenta do Flamengo. O papagaio Love quis deixar a impressão de que Patrícia Amorim poderia perdoar, a qualquer momento, uma fugida de Ronaldinho a uma daquelas festas na Mangueira.

FALHA NA SEGURANÇA - A grande falha do policiamento na festa de apresentação de Ronaldinho foi não trancafiar Vagner Love e Ivo Meireles, o presidente da Mangueira. Os dois passaram o tempo todo querendo roubar o espetáculo.

O NOME DO JOGO - Depois do leilão, o Brasil inteiro já sabe o nome completo de Ronaldinho Gaúcho: Ronaldo do Assis Moreira.

SEM MOTIVO - Na entrevista coletiva de Ronaldinho é que se viu que não havia qualquer motivo para a mídia esportiva estar tiririca da vida com a tentativa de filtragem da conversa com o atleta. As perguntas que os repórteres fizeram com plena liberdade foram tão inocentes, que poderiam ser feitas sob a mais severa censura de todos os tempos.

A FIM DE QUÊ?!? - Algo não batia bem na coletiva de Ronaldinho. Todos os repórteres, sem exceção, queriam saber se ele veio para o Flamengo para jogar futebol.

AFETO E CARINHO - Nuncanahistoriadoflamengo um presidente recebeu tanto abraço com tamanho afeto e carinho.

Censurados adoram censores

A imprensa esportiva está tiririca da vida porque teve que enviar com antecedência as perguntas que deve fazer hoje ao Ronaldinho Gaúcho, na espetaculosa celebração de sua chegada à Gávea.

A imprensa merece. Bastaria não ir à essa fuzarca toda, em torno de um craque em fim de carreira que, é mais uma vitrine que um jogador.

É só não ir lá, não dar bola pra ele e pronto, acabou a exposição do produto. Sai da prateleira e ninguém vai comprar camiseta, chaveirinho, gibi, tênis, chuteira e, muito menos, aquela bandana horrorosa com o desenho de um bumerangue.

A filtragem imposta à curiosidade dos repórteres faz sentido. A turma do Assis se espelhou na banda do Luiz Felipe Scolari. O técnico do Palmeiras proibiu os jogadores de falar e, como é extremamente dadivoso e magnânimo, concedeu à mídia a grande honra de entrevistar apenas o próprio Felipão.

Se lhe tivessem dado uma banana, ninguém ia notar nenhuma diferença na campanha porca que fez o Palmeiras; não notaria bulhufas no futebol de segunda categoria do time e, muito menos, veria a imprensa desempenhar o triste e rastejante papel de lambe-botas de um treinador que não ganha um título há mais de cinco anos.

É como já dizia o avô do Garanhão de Pelotas: - Quem dá muito fica largo.
GARANTIA - Na festa da chegada de Ronaldinho ao sol e às praias do Rio de Janeiro, uma surpresa: surgem rumores de que  Vanderlei Luxemburgo vai querer aumento de salário. É que, com Ronaldinho em campo, o técnico do Flamengo não tem mais desculpas.

A ESCALAÇÃO - Com a grana que transfere para os cofres do rubro-negro, Ronaldinho vai acabar escalando Luxemburgo como técnico do Flamengo.

CIÚME - Qual o ego que está mais enciumado: o de Lula, com a projeção de Dilma, ou o de Luxemburgo, com o cartaz de Ronaldinho?!?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lá vai o Ganso


O que era de temer aconteceu: o Santos gelou Paulo Henrique Ganso. Com isso, o futebol brasileiro está perdendo um dos mais talentosos e eficazes craques dos últimos tempos.

É capaz de carregar um time nas costas, mesmo quando esse time tenha Neymar, Robinho, Wesley, André, Arouca... O Santos não sabe o que está perdendo.

O máximo

Ronaldinho Gaúcho promete "dar o máximo" no Flamengo. Isso quer mesmo dizer que ele vai dar tudo que lhe sobrou do que já era.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ora bolas!

Reprodução/foto-AFP
Marta abusou. Pela quinta vez é eleita a melhor do mundo. Pena que a Fifa não apita nada nas eleições do País do Futebol. Aqui, o povo elegeu Dilma.

Marta é o Messi do futebol feminino. Ele tem emprego garantido; ela prova que fuitebol é pra homem: "preciso arrumar um time para jogar".

E o Flamengo elegeu Ronaldinho Gaúcho. Aqui, o craque aparece envergando a jaqueta do Milan com listras horizontais.

Pronto, era o que o futebol carioca mais queria: Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Flamengo, em listras verticais.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Valdivia volta das férias sem lesão. Agora mesmo é que Felipão vai deixá-lo na reserva.

O Destino de Ronaldinho



Agora que o Milan já liberou Ronaldinho Gaúcho para a negociação - menos para clubes italianos - está desvendado o mistério: ele vai para o... Cosmos, de Nova Iorque.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Escapamos de Dunga

Vicente del Bosque, treinador da seleção de futebol da Espanha, foi eleito o "melhor técnico nacional do mundo" pela Federação Internacional de Estatísticas do Futebol em 2010. Dunga ficou na nona colocação.

Isso quer dizer que, se Dunga continuasse como técnico da Seleção, o Brasil não chegaria sequer às oitavas de final da Copa de 2014. Também não significa dizer que, com Mano Menezes, o Brasil vá muito além disso mesmo.

Futebol de Mulheres

Pois, então, rola um torneio internacional interclubes de futebol feminino, no Brasil. E as sereias do Santos já chegam de braçada a mais um título. É, na verdade uma competição tipo romance de coelho:
- Vai ser bom... não foi?!?

No primeiro jogo, Flamengo e Palmeiras empataram. Isso, só facilitou as coisas para as garotas da Vila. Mas, vamos ao que interessa.

O Santos enfrentou a Uema, uma equipe da Suécia. Deu de 4 a 2, mas poderia ter dado mais. As meninas santistas estavam sem, digamos, apetite. Não chegavam às bolas com a devida volúpia.

As suecas, por sua vez, dada a sua fama internacional, não se mostraram como todo mundo esperava.

A partida começou fácil: 1 a 0 logo no primeiro minuto de jogo. Suzana aproveitou-se do pecado da goleirinha da Suécia e enfiando a perna direita, consumou o ato.

Aí, Marta começou a rebolar. Mostrou mais jogo de cintura do que Neymar e qualquer outro garoto da Vila. No meio de campo Dani era o próprio cabelo do Arouca; era o Arouca, sem tirar nem pôr, até nos passes que errava. Sua companheira de armação metia os peitos a Ganso.

Lá pelas tantas, depois de um golaço de Marta - a voluptuosa, Maurine, ala direita, deu uma de Petkovic e meteu um gol olímpico. A outra lateral do Santos foi para o sacrifício, seu penteado era uma verdadeira coroa de espinhos.

No futebol feminino há duas verdades líquidas e certas: goleira não sabe sair do gol e atacante não sabe cabecear. Outra verdade, mas sobre a qual ainda há controvérsias: os lançamentos de 30 metros não passam de 25.


Chovia que Deus mandava. Ele é mesmo brasileiro. A partida ficou linda de se ver. As camisetas molhadas levavam as garotas a mostrar mais que jogo de bola... Foi então que se viu que futebol de mulher é pra homem. Mas, aí, a chuva parou. A emoção dos narradores, também.

Ia quase tudo muito bem quando, aos 20 minutos ainda do primeiro tempo,|  a atacante sueca Petterson, mostrou tudo o que tinha. No bom sentido: fez o primeiro gol da Suécia.

O que se notou foi que aquele gol olímpico da Maurine fez mal ao time do Santos. Qualquer escanteio parecia penalti: todo mundo queria bater. Sem mais delongas, ao 48' a árbitra, uma pequenota toda socadinha, termina a primeira fase.

Sabe lá o que se passou pela cabeça dele, mas no intervalo, o treinador do Santos deveria estar pensando em alguma outra coisa, menos em futebol. As sereias voltaram meio desencantadas para o compromisso do segundo tempo.

É sempre um perigo quando o técnico de uma equipe de mulheres, querendo garantir o resultado, diz que é para se defenderem com unhas e dentes.

Vai daí que, a beleza do futebol santista, saiu arranhada: as suecas fizeram o segundo gol. Pronto, de 3 a 0 a coisa já estava se transformando numa saia justa: 3 a 2.

Uma das vantagens para o torcedor no futebol de mulheres é que, em caso de contusões leves, dá gosto vê-las baixando as meias... Mas isso é só um detalhe. Há lances melhores: uma distensãozinha na virilha, por exemplo.

Quando as sereias já estavam vendo a coisa preta, a goleirinha sueca mostrou toda a sua feminilidade: ao invés de engolir um frango, preferiu levar um peru e, perdoem a força da expressão, bem pelo meio das pernas.

Assim foi que o trio de arbitragem encerrou o jogo, Santos 4 a 2 Uema. A propósito, aquele trio de arbitragem bem que poderia ir apitar mal... lá em casa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ao pó voltarás

Reprodução-Charles Platiau/Reuters
Ronaldinho pode acabar no Grêmio... onde tudo começou.