segunda-feira, 31 de maio de 2010

Os Professores do Futebol Brasileiro

O professor Dorival Júnior está seguindo os passos de Vanderlei Luxemburgo.

O técnico que hoje se esconde atrás das penas do Galo Mineiro, no ano passado quase acabou com a carreira de Neymar de tanto senta-e-levanta no banco a que submeteu o moleque, um dos mais brilhantes valores do futebol brasileiro depois do surgimento de Ronaldinho Gaúcho. O professor Luxemburgo deixou a Vila Famosa em plena operação desmanche.

Dorival Júnior já foi acometido pela síndrome luxemburesca. Se trocar a carranca pelo sorriso, ainda terá chance de cura. Do contrário, seu mal é terminal.

Isso que Luxemburgo fez e que agora Dorival Júnior está ensaiando com Neymar, o professor argentino Fossati fez com Taison, no Internacional. Fossati já era. Foi morto e sepultado pelo Colorado.Taison vai entrar em franco processo de recuperação.

Enquanto forem chamados de professor, esses predadores de talentos esportivos, continuarão brincando de dar aulas de futebol. Pura teoria. Na prática, preferem os cabeças-de-bagre que eles sempre foram.

A última grande inovação teórico-tática promovida no futebol brasileiros, aconteceu pelos idos de 1978, ano em que o professor Cláudio Coutinho, anunciou como novidade o overlaping como coisa criada por ele. Na verdade, era só o apelido rebuscado para aquela passagem do lateral pelo ponta que Zagallo e Nilton Santos inventaram contra a Áustria, em 1958.

De lá pra cá, a grande especialidade é a cobrança de faltas por Rogério Ceni e os "gols de bola parada" - segredo de Polichinelo - treinado insistentemente para ser usado como a grande arma secreta dos professores que fazem dos vestiários do futebol brasileiro uma verdadeira Escolinha do Professor Raimundo. Chico Anísio entende muito mais de futebol do que qualquer um deles.