O Garanhão relembra uma passagem semelhante que se deu com ele quando, há muitos anos, se travestiu de craque de futebol. E, sem medo de quebrar vidraças, conta aqui e agora:
O E. C. Pelotas jogava um amistoso com o Penharol, em Montevidéu. No segundo tempo, zero a zero, o Garanhão de Pelotas, na cobrança de um córner, foi para o salceiro na zona do agrião uruguaia. Inticou e bolinou o baque-central que o chamou de viado e lhe cuspiu na cara. O Garanhão matou a peronha no peito e enfiou nas malhas do golquiper opositor.
Depois do jogo, o caso foi parar na delegacia de polícia. Não, a vitória imaginária do Pelotas por 1x0, não; nem aquela manifestação homo-preconceituosa; o que parou na polícia foi a cusparada no Garanhão.
Lá, na frente do delegado, ânimos já arrefecidos, o zagueirão aceitou pedir desculpas ao Garanhão que, louco para retornar ao Brasil, aceitou prontamente. Apertaram as mãos e fizeram as pazes.
Já na beira da calçada da delegacia, à frente de um carro de praça, o Garanhão aproximou-se do zagueiro e, com um sorriso nos lábios piscou-lhe o olho, apertou novamente a mão do cuspidor... E deu-lhe uma cuspida nas fuças!