quinta-feira, 8 de julho de 2010

De Jabulani a Panetone

Millôr Fernandes diz que a memória do brasileiro vai só até à Missa de 7° Dia. O que se viu agora na Copa Jabulani, lá na África do Sul, foi apenas o arremate de tudo quanto foi se confirmando a respeito do pé frio mais gelado da República Esportiva do Brasil. Mais do que o fracasso da seleção de Dunga, as demonstrações de "torcida" e afeto reveladas pelo presideus levaram pro beleléu as pretensões das três equipes sul-americanas - Argentina, Paraguai e Uruguai que tuinham ido um pouquinho além da brasileira. Foi só o fecho-de-ouro de uma longa série de urucubacas despejadas caudalosamente pela rampa do Palácio do Planalto.

Isso é que "bota-fora".

Bebeto Freitas, do Botafogo, depois desse lance perdeu tudo - até a presidência do clube.

Cineasta Fábio Barreto, se meteu a fazer o filme "Lula - O Filho do Brasil" ... Entrou em coma e o filme é um retumbante fracasso de bilheteria.

Logo depois desse presentear o presideus com essa camiseta, os dirigentes do Coritiba foram parar com o time na segunda divisão.

Até esse afago no topete, Diego Hipolito era medalha de ouro garantida nas Olimpíadas. Caiu de bunda, vertiginosa e vergonhosamente.


Depois dessa o Fluminense - que vinha de uma campanha brilhante - perdeu a Copa Libertadores da América.

A equipe de Vôlei logo após esse fortuito encontro perdeu a invencibilidade e o título mundial.

Aí, Guga - o maior fenômeno do tênis brasileiro - deu uma raquete para o presideus; foi acometido de lesão na bacia e abandonou as quadras para sempre.

Lenny Kravitz resolveu dar sua guitarra de presente para Lula. Sumiu do mundo dos espetáculos.

Popó jamais pensou que seria nocauteado de verdade. Depois dessa pancada, nunca mais ganhou uma luta. Abandonou o ringue.

Roberto Carlos foi sozinho, em nome do time inteiro, dar uma camiseta da Seleção Brasileira para o presidente. Está procurando ajeitar a meia até agora.

Num palanque já distante, quando ainda nem pensava em chamar-se de Dilma, Lula foi agraciado com uma camiseta do Gama, por ninguém mais nem menos do que pelo então governador Zé Arruda. Logo em seguida o sorridente político foi sufocado por uma montanha de panetones.

terça-feira, 6 de julho de 2010

COPA FRANCA

Maldição do Pé-Frio: Vazamento no Vestiário do Uruguai... Holanda Finalista!


Foi inútil. De nada adiantou o esforço inaudito e sobrenatural dispendido pelo técnico Oscar Tabárez para esconder o risco que seus atletas corriam: o tal de presideus brasileiro continuava torcendo por uma seleção sul-americana.

Bem no meio da preleção no intervalo do jogo Uruguai x Holanda, houve vazamento: os jogadores uruguaios ficaram sabendo que Lula estava com o pé na África e, pior de tudo, torcendo para eles. Deu no que deu. Três laranjaços derrubaram os cisplatinos. A seleção da Holanda é finalista.

Amanhã, Espanha x Alemanha pode dar qualquer coisa. Não há nenhuma ameaça de quebra de sigilo. Os dois são favoritos. É que Lula não torce para nenhum dos dois.

Alma lavada pela confirmação de seus prognósticos de que um pé frio pisoteava o continente africano, o que mais dói na consciência do Garanhão de Pelotas - nosso correspondente na África, é ter que confessar uma triste realidade: o único craque de bola que apareceu nessa Copa Jabulani foi o Maradona. Ninguém apresentou dentro de campo o show que ele deu na orla do gramado.

Bastou para Dilma imitar o seu ventríloquo favorito e dizer que ia para a África se o Brasil jogasse a final da Copa, para desencadear uma tragédia sul-americana em forma de efeito dominó na África: desabaram o Paraguai, a Argentina e, por fim, o Uruguai. É a Maldição do Pé-Frio.

"Agora o bicho vai pegar"!

Como é dura a vida de um presideus que não tem nada o que fazer na África, a não ser azarar o jogo final da Copa Jabulani. Até lá, Lula - o que agora se chama de Dilma - vai ter que matar um leão por dia. Aqui ele aprende a arte de um domador, com o chefe Mwai Kibaki da etnia Kikuyu que fraudou as eleições em 2007 para continuar sendo presidente do Quênia.

Pensando bem - ao melhor estilo programa do PT registrado na Justiça Eleitoral - é melhor voltar atrás. Para contentar o democrático presidente do Quênia, Mwai Kibaki, Lula resolveu domar a fera - "porque agora o bicho vai pegar" - e convidar o bichano que mora em Nairóbi, para trabalhar na Receita Federal no Brasil, quando a postulante Dilma chegar lá.

A Dama de Espadas

Então, o PT à última hora, na cartada derradeira, deu o blefe: mudou as cartas que tinha colocado na mesa eleitoral. Tirou o lance inicial e botou um coringa imaginário no seu lugar. Dizem que apostou menos em mais essa jogada de improviso. Se fosse pôquer, os mirolhos diriam que estava roubando. Esse negócio de carta na manga sempre pegou mal. Até nos piores antros da malandragem.

RODAPÉ - Não era pôquer; era compromisso político. O PT diz que se equivocou e entregou à Justiça Eleitoral um programa meio Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido. Aí, tirou com a mão esquerda o que havia colocado com a sua forte e perigosa direita. Só não conseguiu esconder que Dilma tem dois programas de governo. Um para ganhar a eleição; outro para aplicar, se for eleita. Um blefe desses no carteado, armaria um barraco infernal; na política passa batido.

De qualquer maneira, o Garanhão de Pelotas, não se deixa iludir por golpes como esse. Está preparado para o que der e vier. Sabe que o PT vai jogar todas as fichas. Blefar é da sua natureza. Não quer dizer que uma nova aposta em cima da mesa, anule a jogada anterior. Dilma é a sua Dama de Espadas.

Os Melhores da Copa da África

Daqui a pouco tem jogo de novo pela Copa Jabulani. O Uruguai vai fazer de tudo para mostrar que o mundo inteiro não entende nada de futebol e eliminar a Holanda - um timinho quadrado, bem diferente do velho e desaparecido Carrocel Holandês e que hoje não me tira de casa por nada dessa vida. Os uruguaios já tomaram as devidas precauções. Formalizaram inclusive pedido à comitiva de Lula na África para que ele torça hoje pelo time da Holanda.

Seja lá o que for; aconteça o que acontecer; dê o que der nesse tragicômico Uruguai x Holanda, ou depois no encontro Espanha x Alemanha, como Garanhão de Pelotas - o correspondente esportivo mais jabulani da competição, já elegi o melhor jogador da Copa 2010: Ronaldinho Gaúcho. Não vi ninguém jogar o futebol que ele jogaria e, outra coisa: não errou um passe, não saiu pra balada depois dos jogos e teve o mérito de deixar Dunga profundamente desacreditado.

Já o Troféu Revelação desse torneio africano vai para Neymar que, inclusive, cobraria um pênalti do mesmo jeito e feitio que aquele cisplatino, o tal de Loco Abreu. Quanto ao Paulo Henrique Ganso, não ganha nada, porque - ao contrário do que Dunga fez com Kaká - eu não o convocaria para esta Copa com uma lesão no joelho.

Pato e Ganso ficam para 2014. Longe de Dunga, felizmente; mas perto demais de Ricardo Teixeira, infelizmente.

Cara de um...

Que bobageira é essa de ficarem comparando Dunga e Maradona?!? Um não tem nada a ver com o outro. Maradona foi o craque dos cracks; Dunga não via nem o cheiro da bola. Se quiserem comparar Maradona com alguém, então comparem com o Lula.

Os dois são gordinhos, baixinhos, barbudinhos, prepotentezinhos, irônicozinhos, exibidinhos, balançam a pança, comandam a massa e ambos se acham deuses. Um adora poste; outro holofote. A maior semelhança, no entanto, é que nenhum deles entende bulhufas de futebol.

Não é de hoje que os dois não têm a menor vocação para o cargo de Diretor-Técnico. Isso vem desde o tempo em que Maradona não colocava as barbas de molho.

Os candidatos da Copa & Jurisprudência

A Copa Jabulani está chegando ao fim. Agora já é mais uma Eurocopa do que uma Copa América. Tem quatro candidatos ao título: Alemanha, Espanha, Holanda e Uruguai.

As três primeiras são fortes concorrentes porque são européias e Lula não torce por nenhuma delas; o Paraguai ainda é candidato porque não é europeu e nem está sabendo que Lula disse que é "torcedor sul-americano". Se souber, vai voltar pra casa falando alemão.

Enquanto isso, voltamos todos a correr perigo: a modelo paraguaia essa aí ó, do celular nos peitos, disse que mesmo sem ganhar o campeonato vai tirar a roupa em homenagem à atuação do time guarani. Com isso, o Maradona - desclassificado como ele só - pode se aproveitar e cumprir a promessa de ficar nu no obelisco de Buenos Aires. É a sacanagem virando jursiprudência.

Vuvuzelando o Futuro

Desde que botou o pé frio no Palácio do Planalto, Lula - o que agora se chama de Dilma, evoca as ma-zelas e trapalhadas político-administrativas à "herança dos governos anteriores".

Agora que seu governo está na reta final, achou de vuvuzelar. Produziu, a plenos pulmões, aquele zumbido de mosqueiro que tomou conta da Copa na África, bem defronte ao lema "Ordem e Progresso". Uma espécie de um sinal de premonição do que vai deixar como legado para o próximo governante.

domingo, 4 de julho de 2010

Voltou a alegria aos verdes campos da minha terra

Depois de uma torturante aventura na África, eis que nesta tarde de domingo voltou a alegria aos lindos verdes campos da minha terra. A molecada do Santos está de novo em ação. O torcedor sai de casa com fome de gols e volta saciado, alegre e satisfeito.

É que no time da Vila Belmiro ninguém tem band-aid no calcanhar. É sempre dois pra lá no primeiro tempo e dois pra cá, no segundo. Às vezes, um pouquinho menos, mas sem perder o ritmo. Se não é no diapasão de quatro, é no compasso de três.

E assim, a dança continua. Só para este alegre retorno, tirando a Ferroviária de Araraquara para bailar e, com a falta de Ganso, ensaiaram a coreografia do frango - uma justa homenagem ao goleiro Julio César que fez a gentileza de encurtar essa Copa vuvuzelante para nós.

Se ficasse apenas nisso, já estava bom. Mas pintou mais alegria no pedaço: só de ver uma bola de verdade rolando na grama já desceu sobre todos nós o sentimento de sincera felicidade por não ter que aturar a saltitante jabulani.

De resto, a arbitragem continua a mesma. Os apitadores ainda não se deram conta de que o futebol-arte não vive de jogo de cena, mas pode morrer de tanto tomar pancada. Esses sopradores passaram quatro anos vendo o Dunga e seus amestrados. Ficaram mal acostumados.

Por fim, há que se levar em conta que isso tudo que a meninada do Santos fez nesses primeiros 3 a 0 de uma série que vem por aí, foi num mero amistoso contra a valorosa Ferroviária de Araraquara... Não é nada, não é nada, a Ferroviária é bem melhor do que a Holanda que desmontou o circo de Dunga a laranjaço.


Só mais um detalhezinho ao apagar das luzes: sumiu aquele zumbido de moscas africanas que as vuvuzelas enfiavam nos nossos ouvidos durante as transmissões de TV. É fácil deduzir que o monte de craques que ficaram por aqui, não tem nada a ver com aquele monte que Dunga botava em campo lá na África. Agora, o ar é outro. Não atrai moscas.