É que no time da Vila Belmiro ninguém tem band-aid no calcanhar. É sempre dois pra lá no primeiro tempo e dois pra cá, no segundo. Às vezes, um pouquinho menos, mas sem perder o ritmo. Se não é no diapasão de quatro, é no compasso de três.
E assim, a dança continua. Só para este alegre retorno, tirando a Ferroviária de Araraquara para bailar e, com a falta de Ganso, ensaiaram a coreografia do frango - uma justa homenagem ao goleiro Julio César que fez a gentileza de encurtar essa Copa vuvuzelante para nós.
Se ficasse apenas nisso, já estava bom. Mas pintou mais alegria no pedaço: só de ver uma bola de verdade rolando na grama já desceu sobre todos nós o sentimento de sincera felicidade por não ter que aturar a saltitante jabulani.
De resto, a arbitragem continua a mesma. Os apitadores ainda não se deram conta de que o futebol-arte não vive de jogo de cena, mas pode morrer de tanto tomar pancada. Esses sopradores passaram quatro anos vendo o Dunga e seus amestrados. Ficaram mal acostumados.
Por fim, há que se levar em conta que isso tudo que a meninada do Santos fez nesses primeiros 3 a 0 de uma série que vem por aí, foi num mero amistoso contra a valorosa Ferroviária de Araraquara... Não é nada, não é nada, a Ferroviária é bem melhor do que a Holanda que desmontou o circo de Dunga a laranjaço.
Só mais um detalhezinho ao apagar das luzes: sumiu aquele zumbido de moscas africanas que as vuvuzelas enfiavam nos nossos ouvidos durante as transmissões de TV. É fácil deduzir que o monte de craques que ficaram por aqui, não tem nada a ver com aquele monte que Dunga botava em campo lá na África. Agora, o ar é outro. Não atrai moscas.