domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rogério Ceni perdeu penalti contra o Bragantino. Bolas, ele está cansado de fazer gol de bola parada. esses dois que faltam para chegar ao centésimo gol, ele quer fazer driblando.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Alma lavada

No mesmo dia, uma goleada de 15 x 0. Neymar e Lucas - Alegrias do Povo, 6 x 0 no Uruguai; Vasco - Expresso da Vitória 9 x 0 no América. Quem tem Ney Franco, não precisa ter Mano; quem tem Ricardo Gomes, só precisa ter time.

Top 10 coalizado

A meta anunciada pelo Comitê Olímpico Brasileiro é levar o Brasil ao grupo Top 10 nos Jogos do Rio 2016. Não há tempo para isso, mas brasileiro não desiste nunca. É só imitar os políticos e usar a "estratégia da coalizão": basta comprar os árbitros.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Adriano não quis fazer teste de bafômetro e teve a carteira de motorista apreendida. Será que ninguém vai avisar que, enquanto ele esteve na Europa, a polícia tomou conta do seu morro?!?

Tô fora

Hoje tem dose dupla. Primeiro França x Legião Estrangeira, o golpe de Mano para escapar da guilhotina em caso de debacle diante dos franceses; depois, tem a Seleção Sub-20 sem Neymar diante do Equador. Nem chego diante da TV.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sub-20

Brasil 1 x 2 Argentina

Nem bem tinha começado o jogo e zagueiro Bruno do Brasil foi conhecer o hospital de Arequipa, especializado em acidentes do trabalho na zona do agrião.

Aos seis minutos, uma eternidade para um confronto entre Brasil e Argentina, a expulsão de Juan, zagueiro brasileiro com nome espanhol, deixou o técnico Ney Franco muito mais tranquilo. Nada melhor para justificar uma derrota para los hermanos do que jogar com um a menos.

O pior daquele penalti é que o tabefe no olho do jogador argentino nem doeu nada.

O árbitro não teve sucesso. Ficou o tempo todo esperando que um outro brasileiro quebrasse a perna para dar um cartão amarelo para os argentinos. Foi em vão. Os argentinos batendo eram piores que os brasileiros se esquivando.

É doloroso admitir que hoje em dia basta ficar com um a menos em campo para o Brasil perder para a Argentina. E nem adianta tentar justificar que um dos gols foi de penalti.

Por falar em penalti, ainda bem que o árbitro não apitou nenhum a favor do Brasil. O Neymar iria cobrar de "cavadinha", decerto perderia e ainda era capaz de brigar com o Ney Franco.

A coisa mais inusitada foi ver o que o Neymar fez com o Nervo antes de passar a bola para Willian enfiar aquela bucha no goleiro argentino. O Nervo ficou exposto ao ridículo.

Depois veio o golpe final. Gol de Iturbe. O que aquele gol teve de bom é que os argentinos vão pensar mesmo que o garoto, da altura do Maradona, com a cara melhorada do Tevez é o novo Messi.

Aí, fim de festa. Os argentinos vibrando como se não estivessem em terceiro lugar e o Brasil indo dormir como vice do Uruguai, coisa meio assim como se fosse o Michel Temer deles.

Se você não está satisfeito com o futebol brasileiro, aguarde porque vai piorar. O selecionado brasileiro está em segundo lugar atrás do Uruguai e acaba de perder para a Argentina, mas é só a Sub-20, de Ney Franco... Bem melhor que a Seleção de Mano Menezes.

ESPORTE POR ESPORTE

O Grito de Alerta

Os corintianos que, depois da tolimada que levaram no meio da semana, foram ao Pacaembu neste domingo, para o jogo contra o Palmeiras, não entenderam ainda que a paixão não é um sentimento incondicional. Ela dá aqui e cobra logo ali.Os que não foram ao jogo deram o melhor recado que um mundo em desencanto pode receber:

- Eu te amo, mas não te quero desse jeito.

É como se estivessem, mais que dando um tempo, dando um ultimato:

- O que me deves, não sou eu quem tem que pagar. Enquanto não mudares, não te quero ver; não quero nada teu.... Nenhuma camisa, nenhum boné, nem flâmula, nem chaveirinho. Meus chopes vou tomar em canecas sem a tua marca, as tuas cores.

Não ir ao estádio num domingo como esse, num clássico assim, numa situação dessas é botar a boca no trombone, sem um sinal sequer de violência. É só uma raiva surda com seu grito de alerta:

- Se não tomas jeito, não vou a jogo nenhum, por preço algum. Eu te amo, mas não te aceito desse jeito. Vê se me tratas como eu te trato!

ESPORTE POR ESPORTE

CASO SÉRIO - O Corinthians entra em campo. Ronaldo Fenômeno não joga; está machucado. Um caso sério de... orgulho ferido.

NÃO ERROU - foi então que Ronaldo se deu bem nesse Corinthians x Palmeiras. Não desperdiçou um só lance.

BONDADE - Aquele gol perdido pelo palmeirense Maurício Ramos, no primeiro tempo, não foi por ruindade. Pelo contrário, foi por bondade. Ele estava morrendo de dó da situação do Corinthians.

TREINO - Zagueirão Ralf deu um soco na nuca do atacante Dinei, do Palmeiras. Estava só treinando para chefe de torcida organizada.

NO DEVIDO LUGAR - Naquela revolta tipo quebra-quebra da torcida corintiana, o carro de Ronaldão escapou incólume. Estava no estacionamento preferencial dos idosos.

EXEMPLO - É vendo os jogadores do Corinthians batendo nos adversários como se, do peito pra baixo tudo fosse canela, que se entende por quê eles não podem reclamar quando as torcidas mal-organizadas vem pra cima deles com paus e pedras.

DESRESPEITO - Desrespeitoso aquele Jorge Henrique do Corinthians. Então, aquilo é encontrão que se dê no Marcos Assunção? Não é coisa que se faça com um senhor da terceira idade.

SANTO FORTE - Não adiantou nada o ataque do Palmeiras fazer o diabo em campo; o São Jorge que baixou no terreiro de Julio César foi dose pra cavalo.


GRATIDÃO - O Tite pode agradecer a vitória ao goleiro Julio César, mas o emprego ele deve ao Felipão.
CARAS E BOCAS - Com a derrota, as caretas do Felipão foram muito melhores de se ver na TV do que se ouvir o que ele disse na coletiva.

A ARTE DA ESCOLHA - Entre ver Ronaldinho Gaúcho jogar no Flamengo contra o potente Boavista e não ver Ronaldo Fenomeno no Corinthians x Palmeiras, a melhor opção foi ver o Ricardo Gomes levar o Vasco da Gama à incrível série de dois jogos invictos. Vasco é Vasco; o resto é o resto.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vilania no Corinthians

Andrés Sanches, já na fase de Toliminado: "No Corinthians não há heróis nem vilões". Como assim? E aquela malvadeza de ficarem o jogo inteiro passando a bola para o Ronaldo?!? Vilania pura!
Reprodução/Reuters
Toliminado... Que nojo!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Esporte por Esporte

Quarta-feira à noite faz agora do Brasil o País do Futebol, tanto como se fosse domingo. Dentre muita bola fora, alguns lances que sobraram da jornada esportiva de ontem, guardados nos intervalos de um lanche com refrigério e uma escapada para tirar água do joelho. Lembrando que no futebol de antes, mais valia uma pipoca do que um gol de bico. A coisa vai em prosa & verso.

PROSA

01.
Elano está fazendo tanto gol pelo Santos, quanto Neymar faz no Sub-20. Mas Ronaldinho Gaúcho já começou batendo mais falta no Flamengo do que os outros dois juntos o ano inteiro.

02.
A única vantagem do Corinthians ontem à noite sobre o Tolima foi não usar calções amarelos e aquilo roxo. Aquilo erano bom sentido, a camisa dos colombianos.

03.
Os melhores lances do jogo Ronaldinho Gaúcho x Nova Iguaçu foi o jogo de cintura das bandeirinhas.

04.
Você viu aquela arrancada do Ronaldo Fenômeno? Pois você não está maluco nem distraído... Ninguém viu.

05.
Ricardo Gomes pega o Vasco da Gama e ainda diz que aceita o "desafio". Desafio é pegar um time no topo da tabela. Assim como anda o Vasco, qualquer série de cinco ou seis derrotas já é sucesso garantido.

06.
O pior para um time uruguaio, depois de qualquer jogo fora de casa, é ter que voltar para Montevidéu.

07.
Agora, o Corinthians está num sério dilema: não sabe se vai priorizar o campeonato de xadrez ou dominó. O primeiro pode ser mal interpretado; o segundo vai derrubando o que ainda está de pé.

08.
O Corinthians ontem na Colômbia teve um jogador expulso no segundo tempo. Aí ficou com apenas nove jogadores em campo. Não, Ronaldo não foi expulso; apenas não jogou o tempo todo.

09.
Há um evidente complô dos jogadores do Corinthians contra o Ronaldo Fenomeno. Todo mundo passa a bola pra ele.

10.
Os colombianos perceberam a estratégia de carrocel adotada por Tite. Gentilmente botaram o Corinthians na roda.

11.
Essa derrota acachapante do Corinthians foi a maior vitória do São Paulo nesta temporada.

12.
Torcedores corintianos mais afoitos e indignados tentaram pegar os jogadores do Corinthians depois da derrota para o Tolima. Foram presos pela polícia colombiana acusado de andar à procura de drogas.

VERSO

Então, Dinamite chama
Ricardo e não Tiririca
Assim, o Vasco da Gama
Pior do que tá não fica.

Ao confundir no vestiário
Serenata com retreta
O Santos saiu do armário:
Foi pegar a Ponta Preta!

Sampaulino de coração,
Rivaldo fez gol de paulada.
Pela idade, meu irmão,
O gol foi de bengalada.

O Ronaldinho Gaúcho
Estreou com tudo em cima:
Iguaçu, sparring de luxo
Mais que time, uma rima.

Na Taça Libertadores
Nem toda a liturgia
Livrou o Timão das dores
da praga da metalurgia.

Celebrar centenário
Exige mais do que brio...
Hoje rezam um rosário
Contra O Cara que é pé-frio.

Dá pena de se ver o craque:
Quando o Ronaldo se move
Nota-se que virou um traque;
Seu esforço já não comove.

Já deveria ter dado stop.
Está virado num Robolim...
É mistura de Robocop
Com um boneco de pebolim.

Ronaldo não joga, se planta
E usa cabide nos ombros
Quando cai e se levanta
Parece surgir de escombros.

Despachado por time que joga
Com camiseta moda Farc
São Jorge ajoelha e roga
Para Santa Joana D'Arc.

Já o Liverpool do Uruguai
Foi quase como um prêmio...
Falso tipo assim do Paraguai
Livrou a cara do Grêmio.

Música e Futebol de Fina Estampa

O GARANHÃO DE PELOTAS
www.garanhaodepelotas.blogspot.com

Grande cantor, bailarino e craque de bola, de tudo quanto lhe foi dado ver e viver por aí, o Garanhão de Pelotas seleciona três coisas na vida: as outras duas são música e futebol.

Da primeira não vai revelar nada do que chegou a catalogar como pilares fundamentais de mudança de hábitos, mas do dossiê de música e futebol, ele hoje tira do armário o que viu e viveu de melhor.

Então - diz ele - a música ia e vinha muito bem. Aí surgiu Glenn Miller e sua orquestra. O mundo que já escutava Benny Goodman, aprendeu a dançar.

Eis que aparece Frank Sinatra e, com a Voz, o mundo aprende a namorar. Foi assim, até que surgiu o rock 'n roll com Bill Haley e seus Cometas. Foi legal e coisa e tal até que Elvis Presley botou pelvis na Terra. Reinou e se foi embora cedo demais para dar vez aos Beatles.

Revirando o baú, o Garanhão rememora que por aqui, o samba de Cartola tirou o chapéu pra a bossa de Tom Jobim que pegou a poesia de Vinícius e saiu por aí de barquinho levando a Garota de Ipanema para os quatro cantos do planeta.

Foi mais ou menos o que Astor Piazzolla fez com o tango de Gardel que já chorava suas mágoas para os boleros de Ravel a Manzanero que inventou o mexicano Luiz Miguel.

Pelo dossiê - que prefere chamar de banco de dados - o Garanhão relembra que foi assim, como a brisa na preamar, que se deu no futebol.

Ia tudo pra lá de muito bem de Yachin a Frendereich, até que nasceu a bola e com ela, Pelé e seus fantásticos coadjuvantes: Garrincha, Didi, Gerson, Nilton Santos.

O futebol teve então que esperar muito tempo até que a mesmice ganhasse alegria nos pés cheios de novidades de um guri medonho, de firulas novas, cheio de charme e matador como um James, James Bond. Seu nome, Ronaldinho - Ronaldinho Gaúcho. Muito prazer...

Quando já estava ficando chato dividir bolas de ouro com o Fenomeno e com Romário, eis que aparece Robinho - o desconcertante, repleto de talento, mas de reduzida persistência. Pronto, era o que faltava para que o terceiro milênio fosse invadido por Neymar e sua geração de moleques.

Neymar não precisa se meter de Pato a Ganso, basta que jogue como Neymar e que possa mostrar o seu futebol de fina estampa. A bola de Neymar é fina; ele é fino. Cavaleiro de fina estampa, Neymar monta e desmonta marcadores. Ainda vai levar muita patada.

Tomara que a grossura de um zagueiro 007 não libere o código de matar jogadas para acabar com o seu futebol antes do tempo. Neymar é fino demais pra bolinha que andam jogando por aí.

De pé quebrado

1° Tempo

Corinthians e Grêmio,
Presos na Libertadores...
É dose pra abstêmio
De fiéis a tricolores.

2° Tempo

E o Timão vai com tudo
Para o que der e vier
Escapa, se for sortudo,
De onde o Gremio estiver.

Roberto Carlos não joga.
Corinthians tem espasmo!
Sai o cantor mais em voga...
Entra o velho Erasmo

Coringão hoje à noitinha
Pega o famoso Tolima
Nem precisa camisinha
Pois não faz nem sai de cima.

Pode ser que me engane
E até cause revolta:
A máquina vai dar pane.
O Coringão vem de volta.

Prorrogação

Hoje tem o Ronaldinho,

No Fla, em noite de luxo
Um show bem melhorzinho
Que assistir o Ronalducho.

Nunca será demais pedir

Em Ronaldinho e Iguaçu
Para ver o Lula vestir
Uma camiseta Fla-Flu.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SANATÓRIO DA NOTÍCIA
http://www.sanatoriodanoticia.blogspot.com/
FUTEBOL DE PÉ QUEBRADO
Brasil 5 x 1 Chile

Pelo jeito de rebater
Daquele baita zagueiro
Ele não sabia dizer
O que é bola, ou traseiro.

Assim, o baque boiola
Atendia todo faceiro...
Se lhe pedissem a bola
Ele dava o traseiro.

O Chile deixou a bola
E resolveu ir à luta
Dava de bico, entrava de sola...
Que time... bom e batuta!

Futebol naquele embalo
É como se fosse Hockey
O zagueiro era um cavalo
E Neymar era o jockey.

Se fosse automobilismo,
Aquele time do Chile
Não passava, sem lirismo,
De um antigo Uno Mile.

Se naquela partida
Alguém merecia apanhar
Era o juiz, toda vida,
Até aprender a apitar.

E depois da goleada,
Melhor que acertar na Quina:
Alegria redobrada
Com o choro da Argentina.

No vestiário, enfim sós...
Algo mais nos consola:
Enquanto batem em nós,
Nós só batemos na bola.

O futebol brasileiro
Voltou ao seu requebrado
Baila até, no estrangeiro,
Em verso de pé quebrado.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Que bolão!

O Ronaldo Fenomeno joga mais parado que o Romário quando andava atrás do milésimo gol.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Depois de 4h36 de jogo, o brasileiro Thomaz Bellucci é eliminado por Jan Hernych do Aberto da Austrália. Impressionante a evolução de Bellucci depois que Larri Passos é seu treinador. Agora o sucessor de Guga já demora muito mais para perder os jogos.

Plano para erradicar pobreza põe em cheque reforma agrária. Grandes coisas. Esse cheque é pré-datado há mais de oito anos.

É como dizia outro dia um ganhador de bolsa-família: - Já que não tenho nada pra fazer, vou me juntar ao MST.

Deu no Estadão: ONG americana vai questionar Rio sobre logomarca
Fundação quer receber esclarecimentos sobre o trabalho por causa da suspeita de plágio.
Quem levantou a bola nesse jogo entre COB e Telluride Foundation foi o Blog do Cruz (http://blogdocruz.blog.uol.com.br/).

Caiu na rede: Lula deve ir ao Fórum Social Mundial, dizem organizadores. Grandes coisas, os pobres coitados que não são da elite vive comparecendo aos Foruns de suas cidades, respondendo a processos porque não conseguem pagar suas contas...


WikiLeaks: Heráclito Fortes quis armar País contra Venezuela. Bobagem desnecessária, Hugo Chávez já está armado e se encarrega ele mesmo de acabar com a própria nação.

Chuvas como a do RJ ocorrem apenas a cada 350 anos, diz Inea. Ah bom, então os cariocas estão salvos. Agora todos sabem que vem aí bom tempo.

Para polícia, Abdelmassih está escondido no interior de SP. Bolas, o que interessa é o endereço dele. Há uma boa dezena de suas antigas pacientes que já não aguentam mais de saudade.

Suíços de Fribourg enviam ajuda para 'primos brasileiros'. São os primos ricos.

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A promessa que não surge no Brasil

Nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália-2000 o Brasil não conquistou nenhuma medalha de ouro, conseguiu seis de prata e seis de bronze. Ficou na 52ª posição no ranking internacional olímpico.

Em Atenas, Grécia-2004 o Brasil abocanhou 16 medalhas de ouro, 22 de prata e 38 de bronze. Alcançou assim o 38° lugar na classificação mundial.

Na Olimpíada de Pequim-2008, o Brasil ganhou tres medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze e ostenta a 23ª posição no ranking oficial do Comitê Olímpico Internacional.

O que foi que aconteceu com o esporte de alto rendimento no Brasil nessa maratona de 10 anos de Olimpíadas? Já se vê... Mas é bom que se vá por partes. Segundo o IBGE a população brasileira em 2000 era de 136 milhões de pessoas.

Hoje, ainda que o IBGE não tenha conseguido concluir o recenseamento de 2010, o Brasil tem mais de 194 milhões de habitantes.

Uma década depois de Sydney, nasceram no Brasil nada mais, nada menos do que 58 milhões de pessoas. Isso equivale à população de quase dois países com a população da Argentina e, pelo menos, uma dúzia de Uruguais.

Pelo visto, nenhum desses mais de 58 milhões de novos brasileiros traz o gene, o selo, o carimbo do herói olímpico. O esporte de alto rendimento, seja qual for a modalidade, não é genético. Do contrário, o filho do Rivelino teria uma patada atômica como ele tinha; o herdeiro de Pelé não iria jogar no gol; a filha da Hortênsia nasceria com a cara de um aro de basquete; o primogênito de Oscar já chegaria ao mundo com a mão santa.

O medalhista olímpico, o derrubador de pódiuns não nasce com ouro, prata ou bronze nas veias. Ele precisa ser inoculado com doses permanentes de incentivo e preparação técnica e científica; doses aviadas com base em uma política de formação esportiva sistemática e organizada. No Brasil, ninguém morre dessa cura. Esse é o mal.


Quem está nos devendo esse saneamento básico no mundo esportivo é o Comitê Olímpico Brasileiro. O COB é a entidade máxima do esporte no Brasil. O Comitê existe para "representar o Olimpismo e difundir o ideal olímpico no território brasileiro". Presidido por Carlos Arthur Nuzman, o COB se orgulha de organizar o Prêmio Brasil Olímpico, que premia, com pompa e circunstância, "os melhores atletas" do Brasil no ano.

É o COB que nos deve o título de uma das p´rimeiras e maiores potências mundiais olímpicas porque, nos últimos dez anos, pulamos de 136 milhões para 194 milhões de habitantes. Somos - além dos mais antigos - 58 milhões de novos brasileiros para disputar 28 esportes nos Jogos de 2016. Considerados os 194 milhões, seriam 7 milhões de prováveis candidatos para cada esporte; no terreno olímpico, mais de 2 milhões de eventuais novos atletas por modalidade olímpica. Mas esse é o único tipo de promessa que não surge no Brasil.

RODAPÉ - Para que a carga não fique tão pesada nas costas do Nuzman e seu Comitê, é bom começar a cobrar a participação de quem usa fraque e cartola nas confederações das modalidades que integram o programa olímpico: Confederação Brasileira de Atletismo / Confederação Brasileira de Badminton / Confederação Brasileira de Basketball / Confederação Brasileira de Boxe / Confederação Brasileira de Canoagem / Confederação Brasileira de Ciclismo / Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos / Confederação Brasileira de Desportos na Neve / Confederação Brasileira de Desportos no Gelo / Confederação Brasileira de Esgrima / Confederação Brasileira de Futebol / Confederação Brasileira de Ginástica / Confederação Brasileira de Golfe / Confederação Brasileira de Handebol / Confederação Brasileira de Hipismo / Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor / Confederação Brasileira de Judô / Confederação Brasileira de Levantamento de Peso / Confederação Brasileira de Lutas Associadas / Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno / Confederação Brasileira de Remo / Confederação Brasileira de Rugby / Confederação Brasileira de Taekwondo / Confederação Brasileira de Tênis / Confederação Brasileira de Tênis de Mesa / Confederação Brasileira de Tiro com Arco / Confederação Brasileira de Tiro Esportivo / Confederação Brasileira de Triathlon / Confederação Brasileira de Voleibol / Confederação Brasileira de Vela e Motor.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Uma Copa na Lama

Reprodução/Vicente Seda-Div
Não é nada, não é nada, a verba de R$ 780 milhões anunciada pelo governo Dilma  para a reconstrução das cidades soterradas "pelas chuvas" na região Serrana do Rio de Janeiro, não é nada mesmo.

A doação não chega nem a fazer cócegas no valor de R$ 750 milhões estimado para a reconstrução do Mané Garrincha, em Brasília, afora o custo da iluminação e do gramado. Seria de morrer de rir, não fosse a triste realidade de continuar em pranto pelos que morreram sem, sequer, poder chorar.


Reprodução/Div.
É que reconstruir Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Itaipava, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro, Areal, Tres Rios, Bom Jardim, Duas Barras, a região Serrana como um todo, não tem a prioridade, nem a mesma importância, ou a mesma urgência que aprontar estádios para a Copa do Mundo de 2014.


Um governo que se preze, um País que tenha consciência, que tenha as duas coisas - amor próprio e alma - não troca a paixão ao futebol pelo amor ao próximo. Até porque, o próximo, é ele próprio.

Certo? Nem tanto. A Gávea estava em festa por Ronaldinho Gaúcho no dia em que a enchurrada começava a riscar a serra carioca do mapa. O Botafogo celebrou, neste domingo (16) em ritmo de samba e folia, o seu novo time para este promissor ano de 2011. E, porque a vida não pára, o domingo foi de futebol. Em canal aberto ou paper-view.


Um governo que se preze e um país que tenha espirito de solidariedade, não poderia admitir - em tempo nenhum de sua História, que um só tijolo fosse colocado numa obra sequer de reconstrução de um estádio "porque a Copa do Mundo vem aí", antes que as cidades da região Serrana do Rio fossem reerguidas de cada um de seus escombros e trazidas de volta à vida "porque o Brasil é um país sério".

Replay, para que não haja dúvida: nenhum tijolo, antes da vida voltar ao normal nas cidades destruídas pela hecatombe que desmorona o Brasil de todos os gentílicos - cariocas, mineiros, gaúchos, nordestinos.

A Copa do Mundo é nossa? Então, com o Brasil não há quem possa... Eeêta esquadrãode ouro! Sobram dinheiro e bondade nas burras públicas para essa irreversível comoção mundial da bola, como sobrarão dinheiro e bondade para os Jogos de 2016, tão inadiáveis quanto a promoção da Fifa - entidade superior que, com a seleção de empresas nacionais que estiverem envolvidas com a Copa.

Pelo conjunto da obra, elas - a Fifa e as empresas - serão agraciadas com uma isenção fiscal que, nessa corrida do ouro, ultrapassa a cifra de R$ 1 bilhão e 200 milhões em impostos que deixarão de ser recolhidos aos cofres governamentais.

Do jeito que, até aqui, os governos tem levado as catástrofes naturais na esportiva, pelo mundo do direito e da justiça, a reconstrução de cidades e regiões atingidas pelas tragédias que se repetem em efeito cascata pelo Brasil, por jurisprudência ou macabra isonomia, deveriam merecer a mesma atenção, o mesmo dinheiro, o mesmo selo de bondade, a mesma comovente solidariedade do governo.

Alguém já sabe qual o nível de isenção fiscal que será concedido às empresas encarregadas, desde já, a reerguer cidades cobertas pelas avalanches desnaturadas? Decerto, não; ninguém ouviu falar, posto que ninguém disse nada a respeito até agora.
Foi em meados do ano passado que o então presidente Luís Inácio Lula da Silva instituiu, por medida provisória (MP), a desoneração de impostos federais para as obras dos estádios da Copa de 2014. A isenção atendeu a pedidos dos comitês executivos locais das cidades-sede. A medida provisória, versão modernizada do velho AI-5, foi criada para reduzir consideralvelmente o custo das obras.


Pelo texto presidencial ficou definido que as empresas habilitadas pelo Ministério do Esporte serão desoneradas de PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Importação (II) de materiais, bens e serviços.

De acordo com levantamento da Agência Brasil - órgão oficial do governo, a renúncia fiscal poderia atingir R$ 35 milhões em 2010 e R$ 350 milhões até 2014. A medida entrou em vigor em 28 de agosto de 2010  e vai vigorar até 30 de junho de 2014.

Em maio do ano que já foi, o Congresso aprovou dois projetos de lei que isentam os parceiros comerciais e de transmissão televisiva da Fifa de impostos vinculados à realização da Copa. Estimativa do Ministério do Esporte sinaliza que o governo deixará de arrecadar R$ 900 milhões por meio dessa medida. Em contrapartida, o evento poderia gerar R$ 10 bilhões em impostos, segundo a mesma pasta com alça.

Então, pronto! É só o governo Dilma baixar, à imagem e semelhança do seu antecessor, uma MP idêntica, sem tirar nem pôr. Isso sim faria do gesto de Lula, uma "herança bendita".


Bolas, não se trata de emoção. É coisa de razão. Fala-se de uma nação. O Brasil está se desmanchando sob o jugo da inversão de valores. O futebol parece valer mais que a vida. A relação de insensibilidade humana não é só dos que desejam muito mais um novo Maracanã do que uma região Serrana renascida; muito mais novas arenas para suas descontraídas olas, do que a velha e pesada tarefa de recuperar cidades demolidas pela insensatez do homem, antes, bem antes que "pelas chuvas". A insensibilidade é de ordem oficial. Só não pode virar cultura nacional.


Dito assim, tudo leva a crer que não faltará dinheiro aos borbotões para estádios reerguidos das cinzas, ressurgidos das brumas, pelo Brasil afora, aos quatro cantos e todos os ventos. Parece até que hoje não há 81 cidades em estado de emergência, beirando a calamidade pública nas Minas Gerais... E quanto vai custar o novo palco iluminado dos mineiros para a Copa?... Uma Teresópolis, uma Petropólis, ou só uma Itaipava?!?

O quié isso, companheiro? Esses números dizem respeito apenas à restauração, reconstrução ou coisa parecida de estádios. É assunto privado. O público e notório, não se iludam, vai gastar um dinheirão tão grande e tão mais perdulário com as chamadas "obras do entorno" - para dar infraestrura que viabilize copa e jogos de cozinha até 2016. Então se é assim para o esporte, que assim o seja também para a qualidade de vida das cidades e para o bem de todos e felicidade geral da nação.

Angra/ 1 janeiro, 2010/Reprodução-TV Globo
Parece até que a Grande São Paulo não está cercada de transbordantes e revoltosos rios Tietês e que precisa muito mais de um Coringão, um Morumbyzão ou coisa que o valha, do que vencer de virada o jogo da igualdade social, da qualidade de vida desse bocado enorme do Brasil que não pode parar.


Quanto custa um estádio paulistano a mais do que o renascimento da zona da serra no Rio?... Uma Nova Friburgo e suas adjascências, ou toda a região agora devastada?!?


Parece até que a missa de 7° Dia já apagou da memória os mortos da tragédia que soterrou Angra dos Reis, a quem o governo deve até hoje - segundo constatou outro dia o site Contas Abertas - os R$ 30 milhões que prometeu há mais de um ano.


Pensar, apenas pensar mesmo que de leve, em realizar uma Copa do Mundo daqui a tres anos no Brasil e, na esteira do maior espírito esportivo promover as Olimpíadas de 2016 é mostrar o quanto um governo e seus penduricalhos, os donos do esporte, os cartolas de todos os perfís e dimensões, não correm perigo nessa grande aventura que é a vida. É esfregar na cara de uma nação a diferença real e oceânica entre os que podem e os que se sacodem nesse Brasil esportivo dominado por aquilo que Lula da Silva, durante oito anos, definiu como elite.


Já que eles vivem noutro mundo, então que organizem a Copa de 2014 lá nos canfundós do Judas, ou onde o diabo perdeu as botas - lugares de jardins, maçãs e serpentes, onde não há um país afundando em lama; onde não há uma nação sendo soterrada pelo deslizamento da indiferença, da insensibilidae, da desumanidade que, ao invés de recontruir cidades, prefere remodelar estádios. Façam a Copa por lá. E os Jogos também. A menos que não haja uma única cidade em ruínas no Brasil.


RODAPÉ - O Brasil da incúria, aquele que vai reerguer estádios ao invés de reconstruir cidades, terá 12 sedes: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife, Natal, Fortaleza, Salvador, Manaus. E o estádio Mané Garrincha, de Brasília ainda está na rebarba para ser o palco de abertura dessa Copa na Lama. Como é que pode, uma banda social tão estreita, enlamear e soterrar a consciência de uma nação com mais de 190 milhões de pessoas?!?... O brasileiro vive um apartheid e não se dá conta. Em 2014 a África do Sul vai ser aqui.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Trem

Reprodução/Div
Flamengo prevê R$ 200 milhões em retorno de marketing. Essa é a estimativa de ganhos do rubro-negro carioca com Ronaldinho Gaúcho. Então, está provado: Ronaldinho não é um bonde; é um trem pagador.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cariucho

Pronto, Ronaldinho é o velho menino do Rio. Já virou Ronaldinho Cariucho. Que ninguém se iluda, ele parece mais carioca do que Flamengo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dia útil na Gávea

Reprodução/Futura Press
Gávea lotada para ver a apresentação oficial de Ronaldinho Gaúcho como, digamos, jogador do Flamengo. A torcida rubro-negra como se vê é pura Bolsa-Família. Ou então, hoje não é 12 de janeiro, quarta-feira, um dia útil para quem tem mais o que fazer nesse País.

PRIMEIRA DO MENGO - Dilma pode ter sido a primeira-mulher em tudo nesses últimos oito anos, só não foi a primeira-mulher- presidenta do Flamengo.

TUDO ANDA BEM - Ronaldinho chegou ao palco de sua apresentação na Gávea andando da melhor maneira que podia, cercado de seguranças e papagaios-de-pirata. O otimismo da torcida redobrou. Como Ronaldinho Gaúcho caminha bem vestindo a camisa do Flamengo!

SEU BONECO - Não é nada, não é nada, com aquelas bermudas chambonas e a barriga de chope em cima do palco, Ronaldinho parecia que ia interpretar o "Seu Boneco" - figuraça dos programas de Chico Anísio que, ao final de cada manifestação, corria pra galera. 

TIM MAIA - Dirigentes do Gremio e do Palmeiras acham que, guardadas as devidas proporções, Assis é o Tim Maia do futebol: às vezes, ele mente.


PEGOU MAL - O abraço afetuoso de Ronaldinho em Patrícia Amorim encantou a galera. Já o apertão de Vagner Love, pegou mal para a primeira-presidenta do Flamengo. O papagaio Love quis deixar a impressão de que Patrícia Amorim poderia perdoar, a qualquer momento, uma fugida de Ronaldinho a uma daquelas festas na Mangueira.

FALHA NA SEGURANÇA - A grande falha do policiamento na festa de apresentação de Ronaldinho foi não trancafiar Vagner Love e Ivo Meireles, o presidente da Mangueira. Os dois passaram o tempo todo querendo roubar o espetáculo.

O NOME DO JOGO - Depois do leilão, o Brasil inteiro já sabe o nome completo de Ronaldinho Gaúcho: Ronaldo do Assis Moreira.

SEM MOTIVO - Na entrevista coletiva de Ronaldinho é que se viu que não havia qualquer motivo para a mídia esportiva estar tiririca da vida com a tentativa de filtragem da conversa com o atleta. As perguntas que os repórteres fizeram com plena liberdade foram tão inocentes, que poderiam ser feitas sob a mais severa censura de todos os tempos.

A FIM DE QUÊ?!? - Algo não batia bem na coletiva de Ronaldinho. Todos os repórteres, sem exceção, queriam saber se ele veio para o Flamengo para jogar futebol.

AFETO E CARINHO - Nuncanahistoriadoflamengo um presidente recebeu tanto abraço com tamanho afeto e carinho.